
Judite Sousa deu esta semana uma entrevista ao 'Jornal de Notícias' em que volta a falar da dor de perder um filho e na sequência da qual ficou com uma doença crónica: a depressão. "Sou uma pessoa doente, sofro de uma doença crónica, que me vai acompanhar até ao fim dos meus dias", explicou a jornalista no mês em que passam três anos sobre a morte de André Sousa Bessa, o seu único filho.
"Uma pessoa que sofre de uma doença mental tem de trabalhar, não pode ficar em casa enterrada no sofá, porque isso pode levar a um desfecho trágico. Isto é um facto, são os médicos que o dizem", garantiu a diretora-
E é precisamente nesta altura da entrevista que Judite Sousa fala de suícido embora sem nunca usar a palavra: "Não ter a cabeça ocupada com trabalho significa ocupá-la com pensamentos negativos. E isso é trágico, pode levar à morte". Para assumir: "Houve um momento em que me senti perto dessa tragédia".
"Claro que senti que isso podia acontecer comigo. Quando estive quase quatro meses parada, houve momentos em que senti um grande vazio emocional. E esse vazio tem de ser compensado de alguma forma. Não se pode alimentar esse vazio", advertiu a jornalista.