"Sou um pai muito babado, estou muito feliz. Este é o melhor momento da minha vida! Quando vi a Beatriz pela primeira vez percebi realmente o que é a vida. Não há nada igual. Quero ser um pai presente, o que não é fácil nesta profissão", confessa Mickael Carreira, que agora não quer largar a bebé que teve com Laura Figueiredo e partir para a estrada em digressão: "Quando olho para a agenda e vejo mais de 20 concertos confirmados para agosto, começo a pensar ‘como é que vou fazer’, fico preocupado, mas vou ter de me organizar…" "Se o meu pai conseguiu também vou conseguir", remata.
E Mickael assume que já está a sacrificar a sua carreira para poder gozar este momento único de poder abraçar a filha de semanas no colo: "neste momento estou a fazer uma pausa por um motivo óbvio, que foi o nascimento da minha filha, Beatriz. Aliás, neste momento devia estar no México, mas optei por estar aqui mais uns tempos, para poder estar com ela. Estes são momentos que não vou voltar a viver."
O músico e cantor que nasceu no seio da mais artística família portuguesa do momento, confessou, numa entrevista à revista 'Share', da 'TV Record', que o pai, Tony Carreira, o avisou de todos os perigos e dores que corria ao enveredar pela vida dos palcos. "Quando comecei o meu pai disse-me: 'prepara-te que isto não vai ser fácil'."
"Costumo dizer que o meu pai é o maior exemplo que posso ter enquanto profissional, pelo percurso que tem tido, que não foi fácil", revela, adiantando ver o progenitor como um 'ídolo': "ele é um dos artistas que mais vai marcar a música portuguesa, pela paixão, pela entrega e pelo trabalho. Ele sempre me disse que "é preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar". E realmente isso é importante."
Mickael sente-se mais seguro, ao fim de dez anos de carreira, em que teve de provar ser merecedor do apelido que ostenta no palco e no cartão do cidadão. "Já não sou simplesmente 'o filho de'. Pelo menos quero acreditar nisso. Já aconteceu tanta coisa nos últimos dez anos. E ninguém compra um bilhete para um concerto para ver o filho de determinada pessoa", defende, com relativa convicção.
O artista que participou como jurado no programa 'The Voice', na RTP, acredita que acabou por mostrar "um Mickael diferente". "A questão do apelido está ultrapassada, mas serei sempre o filho do Tony Carreira, porque sou efetivamente filho dele. E vivo bem com isso", sublinha.
"O DAVID FOGE DE INSTRUMENTOS, EU FUJO DA DANÇA"
O intérprete do sucesso musical 'Porque Ainda te Amo' confessa que se sente "mais maduro, mais seguro" e que essa nova atitude se reflete nas suas letras e nas suas performances: "Acho que em palco me transformo completamente. O sucesso é viciante, mas o que gosto cada vez mais é de partilhar a minha música. Fazer música é uma dádiva. O importante é curtires o que fazes", remata.
E quando se fala em curtir, surge, inevitavelmente o elemento do clã Carreira que mais se diverte em público, seja em concertos, videoclipes ou meras entrevistas, e que mostra ser o 'descontraído' da família. "Eu e o David tivemos referências e caminhos diferentes. Ele nunca teve muita curiosidade em aprender um instrumento como eu... e eu sempre fugi da dança. Nem todos temos de dançar", assegura, sem qualquer tipo de crítica ao estilo do irmão do meio, de quem aprendeu a gostar: "Nos últimos dois ou três anos eu e o David acabámos por ter uma relação muito mais próxima do que a que tínhamos. Não só em relação ao David, mas à família toda. Uma das coisas de que sinto falta é de estar mais tempo com eles".
ALTAMENTE VICIADO EM TELEMÓVEIS E REDES SOCIAIS
Obrigado agora que foi pai a dividir a atenção com a namorada Laura Figueiredo e a filhota Beatriz acabada de nascer, Mickael confessa o seu lado mais juvenil, apesar dos 31 anos de idade feitos há sensivelmente um mês. "Sou completamente viciado em redes sociais. Gosto muito e acho superdivertido, principalmente o 'Instagram'. Acho que é uma ferramenta fantástica para promover o meu trabalho", garante, explicando que usos dá aos 'gadgets' pessoais: "componho músicas em qualquer sítio, na estrada, em concertos, em casa. Não tenho método. Gravo tudo no telemóvel, que é a melhor coisa do mundo. Tenho muitas notas gravadas e, às vezes, até as perco porque tenho ideias soltas: uma parte de um refrão, de um verso, e depois tenho de montar o 'puzzle'."
Questionado sobre com quem gostaria de gravar uma música depois das duas experiências internacionais com o cantoir Enrique Iglesias, Mickael Carreira sobe a fasquia e faz uma revelação fantástica: "Adoraria poder trabalhar com o Bruno Mars. Vi um concerto dele há pouco tempo e foi um dos melhores da minha vida."
