A polémica continua. Depois de Manuela Moura Guedes ter aproveitado um episódio de 'Extremamente Desagradável' de Joana Marques, onde a humorista gozou com a prestação de Cristina Ferreira a tentar falar inglês na Web Summit, Luísa Sobral meteu-se e criticou a antiga pivô da TVI por ter achado piada e por fazer, diz a cantora, bulliyng contra outra mulher.
Moura Guedes, que é conhecida por não levar desafora para casa, já reagiu... e deixou uma espécie de sermão à irmã de Salvador Sobral, mostrando-lhe que ter voz crítica é um dos valores da democracia e da liberdade.
Foi numa longa mensagem no seu facebook que a mulher de José Eduardo Moniz reagiu, naquilo que diz ser um "esclarecimento sobre uma mensagem pública".
"Luísa, não a conheço e confesso que tive de verificar se era a irmã de Salvador Sobral. Não leve a mal mas, actualmente, é muito raro 'frequentar' redes sociais. Ao abrir o Google, vi que alguém tinha feito eco da sua missiva que me era dirigida. Fiquei admirada por ter escolhido o Instagram para me dizer, a mim, o que pensava sobre um desabafo meu. Podia ter mandado uma mensagem... é o que eu faço quando tenho algo a dizer a alguém,
em particular", atirou Manuela. E continuou: "Ao expressar a minha opinião, faço-o abertamente para toda a gente que a queira ler ou ouvir, sem me escudar em recados. É claro que nem todos entendem a liberdade de expressão, a necessidade de sentido crítico ou de posicionamento face a acontecimentos mais ou menos relevantes da vida do País. Foi devido a tudo isso que me afastei bastante destes locais de diálogo com interlocutores que podem interpretar de todas as maneiras o que escrevemos. É muito cansativo e, na maior parte das vezes, infrutífero. No entanto, talvez porque é irresistível, lá digo uma coisa uma outra, sabendo de antemão que haverá sempre quem veja intenções tenebrosas por detrás do que escrevo. Sabe? São muitos anos a estar exposta a críticas ( do mais variado e impensável) e a saber distinguir o que vale e o que não vale a pena reter, embora, muitas vezes seja até salutar e, mesmo divertido, ver o que se diz - ajuda a compreender as pessoas e o País. Prezo muito a inteligência e o sentido de humor, essenciais para se avaliar seja o que for, principalmente situações ridículas com que nos deparamos diariamente, envolvendo-nos ou não."
E a mensagem prolongou-se: "É muito importante e saudável que uma sociedade esteja apta a conviver com a crítica e não a confunda com mais nada, sem isso não há Liberdade nem Democracia. A tendência actual para encaixar tudo, gratuitamente e sem critérios sérios, em categorias como o bullying, o racismo ou a descriminação é muito perigosa porque tem como objectivo anular a liberdade de expressão, impondo-nos padrões de comportamento. E que venha a primeira pessoa a acusar-me de qualquer um destes comportamentos! Não resisto, volto a frisar, a dizer o que penso quando há situações injustas, de má gestão pública ou ridículas, das que envergonham enquanto seres pensantes e enquanto mulheres. Não é passando em claro que se defende a igualdade de género, é precisamente, chamando a atenção para comportamentos criticaveis que mostramos que o particular não deve ser confundido com o todo", rematou.
A polémica promete continuar...