Leonor Poeiras já se tinha mostrado desagradada com o prolongamento do caso que a opõe à TVI, estação que representou durante 17 anos, e em que pede uma indemnização de mais de 1 milhão de euros. O motivo tinha sido o cancelamento da audição de testemunhas. Nuno Eiró e Nuno Santos não puderam comparecer por motivos profissionais e a sessão acabou por ser adiada.
Entretanto, já foram ouvidas todas as testemunhas envolvidas no processo judicial.
Na sessão de julgamento de 28 de setembro, Nuno Santos foi uma das testemunhas ouvidas. Ele era o diretor de Programas durante os últimos meses em que a apresentadora esteve na TVI.
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Leonor Poeiras acabou por ser surpreendida pelas declarações do atual diretor de Informação da TVI e diretor da CNN. Em causa, a
alegada recusa da apresentadora em fazer o 'Somos Portugal' por motivos de saúde. "Devido à Covid-19 procurei uma solução com emissões especiais, sem bandas ao vivo. A Leonor deu-me conta que não fazia o 'Somos Portugal' no formato normal por questões de saúde", testemunhou o ex-diretor de Programas, citado pela 'TV Mais', referindo ainda que, em maio, fez-lhe o convite para integrar essas emissões especiais. "
A Leonor não aceitou. Fiquei bastante surpreendido com a recusa porque, naquelas circunstâncias extraordinárias, era um bom convite. Foi um período difícil para a TVI. O mercado publicitário caiu 60 a 70%. Era para ter entrado um acionista que desistiu. Todas as pessoas, sem execeção, viram os seus cachês revistos".
De acordo com a publicação,
Leonor não ficou agradada com as declarações do ex-diretor. O advogado da ex-apresentadora
quis saber se os vencimentos das apresentadoras Isabel Silva (na época estava na TVI) e Mónica Sintra também tinham sido revistos, ao que Nuno Santos repondeu: "Não sei".
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A apresentadora foi obrigada a desfazer-se do património.
"A empresa olhava para a Leonor como alguém disponível para trabalhar", referiu Nuno Santos. O ex-diretor de programas terá dito à apresentadora, em maio de 2020, que,
"num horizonte próximo, não havia projetos contínuos e consistentes à vista" e que não podia criar-lhe "falsas expectativas", muito por culpa da fase instável que o canal atravessava
(com muitos milhares gastos devido ao adiamento do 'Big Brother 2020', apresentado por Cláudio Ramos) e da pandemia.
