
Ricardo Araújo Pereira não esconde a ansiedade por estar a viver longe das duas filhas, e confessou um momento em que ficou em lágrimas.
A filha mais velha de Ricardo e Maria José Areias, Rita, de 19 anos, mudou-se para o Reino Unido no ano passado. Este ano, foi a vez de a mais nova, Maria Inês, de 18 anos, sair do país, para ir estudar nos Estados Unidos.
A distância, no entanto, "é terrível, não presta para nada, é muito chato", descreveu. "Por exemplo, a mais nova fez agora 18 anos e está numa universidade no meio dos Estados Unidos, está em outro continente, e ela está a gostar tanto que eu até levo a mal, porque ela está lá há muito tempo", confessou. "A outra está em Inglaterra e por isso tem mais facilidade em vir".
"Eu agora tenho um podcast, muito interessante, chamado 'Coisa que não edifica nem destrói'. E elas no outro dia disseram: 'Gosto de ouvir isto, ponho à noite, já está a luz toda apagada e eu oiço porque me faz lembrar os tempos em que tu vinhas a cama ler-nos a história antes de a gente se deitar. Confesso que fiquei todo 'mariconçamente' com lágrimas", descreveu emocionado.
Questionado sobre os momentos em que lia as histórias para as filhas, Ricardo recordou: "Onde é que eu posso intervir lá em casa? Nas coisas de responsabilidade não é, tem que ser um adulto a fazer isso. Agora, em coisas como ler a história aí sou fortíssimo, eu ia lá, fazia as vozes do lobo, dos porquinhos, inventava finais alternativos. No dia seguinte elas diziam: 'Não, conta outra vez a de ontem, exatamente como contaste ontem'. Eu faço essas coisas. As coisas que lhes garantem a subsistência, isso é feito por um adulto, não sou eu, eu trato dessas coisas. Trato da palhaçada. Tenho mesmo saudades", confessou.