Na semana passada, uma assembleia geral do FC Porto transformou-se num imparável movimento de aceleração do processo eleitoral que está em marcha no clube, porque a multiplicação de cenas de intimidação, violência e agressividade foi denunciada pelos vídeos recolhidos por adeptos presentes na reunião.
Ao contrário de Marcelo, Costa afastou os jornalistas. Ao contrário de Marcelo, Costa levou a mulher de mão dada. Ao contrário de Marcelo, finalmente, Costa falou de política no fim da caminhada, e não de História nem de metáforas.
A televisão generalista perdeu mais uma arma para reter público. Com efeito, o acordo obtido para a transmissão das competições europeias de futebol prevê que os jogos passem a dar unicamente na Sport TV e na Eleven, ou seja, nos canais a pagar.
O grande mérito de José Eduardo Moniz este mês foi conseguir manter o jogo em aberto até ao fim. Mas, a dois dias do final de outubro, tudo indica que a SIC terá conseguido ganhar mais uma batalha, e caminha para um ano de 2023 com um pleno de vitórias em todos os meses.
Se Pedro Nuno Santos vai todas as semanas à SIC Notícias responder à mesma pergunta, mesmo feita de formas muito diversas, sobre se é ou não candidato à liderança do PS, o espectador não vai engolir isso durante muito tempo.
Tarde ou cedo, Portugal terá de enfrentar este dilema: como viabilizar o serviço público de televisão? Concessionar as valências principais a estações privadas que as possam assegurar com qualidade a preços competitivos, ou manter tudo na RTP e arranjar uma forma de pagar a despesa?
A SIC acertou em cheio com 'Hell's Kitchen', do chef Ljubomir. Com o novo programa de domingo à noite, a estação de Daniel Oliveira mantém viva a esperança de continuar na liderança, já que depois do fracasso gigantesco da novela 'Papel Principal', mais um fracasso significaria a derrota.
De tempos a tempos há acontecimentos suscetíveis de abanar o estado das coisas. O regresso de Cristina Ferreira às manhãs da TVI pode voltar a constituir um desses momentos-chave que alteram a realidade.
Para a TVI, a vitória nas audiências é uma miragem para já inalcançável. Mês após mês, Daniel Oliveira tem derrotado José Eduardo Moniz, que, nesta segunda vida aos comandos do canal 4, não conseguiu ainda alcançar os objetivos.
O desgaste da SIC Notícias é enorme. As audiências diminutas transformaram-na num canal irrelevante. Sem política, sem notícias de última hora e sem programas de futebol, porque razão um espectador de informação escolheria a SIC Notícias? Naturalmente, não escolhe.
Mais de 20 anos depois, é o próprio 'Big Brother' que é desvirtuado, com mais casas, e situações demasiado complexas. Perdeu-se o sentido do entretenimento puro, que era criado por um conjunto de pessoas fechadas numa casa.
O futuro próximo promete trazer uma fortuna pela indústria dos diretos televisivos. Mas ao futuro risonho desenhado no papel contrapõe-se uma realidade atual muito pobre, com fracos espetáculos, subalternização europeia da liga portuguesa, e prejuízos da Sport TV, atual detentora dos direitos.