
Não são apenas os fogos pelo Mundo fora – Portugal não é exceção – nem as altas temperaturas – também por toda a Europa – que têm feito deste verão um caso atípico de calor. 2023 ficará para a História como o verão em que se provou que o clima mudou radicalmente no planeta Terra e, metaforicamente, provocou também alterações entre famosos, de Hollywood até à Malveira.
Britney Spears anunciou um divórcio remisturado em danças de varão, os Brangelina divorciaram-se oficialmente, Shakira ainda recolhe os cacos de uma traição tornada pública, Georgina voou para os braços de Ronaldo, Neymar para os de Jorge Jesus, Cabrerizo para os de Cristina, o produtor Rubinho também para os de Cristina, Pedro Teixeira para os da filha Maria, na esperança de esquecer uma separação que ainda lhe provoca dor e o faz perder aquele sorriso verdadeiro a que nos foi habituando ao longo de anos.
Entre separações, ameaças e novos amores, os meses quentes têm sido férteis em mudanças, lágrimas, comunicados sobre vida privada divulgados nas redes sociais – alegadamente para dar uma explicação aos fãs – seguidos de pedidos para que seja respeitada a privacidade dos visados. Tem havido férias intermináveis devidamente divulgadas (mais uma vez) nas redes sociais, sempre nos melhores ângulos e nos locais mais trendy do planeta, como se de um catálogo de novo-riquismo estivéssemos a falar. Tivemos a bênção do Papa em Lisboa e o consequente atraso das férias dos políticos, que este ano chegaram tarde e a más horas ao Algarve, e ainda por lá andam a banhos. Isto para falar só de Portugal, porque do outro lado do Atlântico, há um ex-presidente, milionário, ex-estrela de televisão, que pode ir parar à prisão por fraude eleitoral.
E agora, como se isto tudo não bastasse, ainda vêm aí trocas de cadeiras na televisão. Ou seja, depois de um verão quente, segue-se um outono que vai pelo mesmo caminho. Talvez seja esta a forma de manter o mundo desentediado e sem pensar na subida das taxas de juro que tornam a vida difícil. Ópio do povo, chamam alguns. Eu prefiro chamar-lhe entretenimento.