O poder de Cristina Ferreira

Semana após semana, fraco ou não fraco, a verdade é que 'O Triângulo' ganha a toda a concorrência – onde se inclui uma produção de grande investimento, com uma estrela vinda diretamente de Hollywood, destinada ao mesmo horário, 'Os Traidores'.

05 de maio de 2023 às 11:53

Cristina Ferreira

Pode dizer-se à vontade que 'O Triângulo' é um formato fraco, que a escolha dos concorrentes é "mais do mesmo", que nada ali entusiasma. Mas a verdade é só esta: semana após semana, fraco ou não fraco, a verdade é que o programa ganha a toda a concorrência – onde se inclui uma produção de grande investimento, com uma estrela vinda diretamente de Hollywood, destinada ao mesmo horário, 'Os Traidores'. E se ganha o mérito é só de uma pessoa: Cristina Ferreira.

Numa fase turbulenta, na qual se questionou um regresso da apresentadora/diretora de Entretenimento e Ficção/acionista da Media Capital, às manhãs da TVI e que o seu "poder" parecia colocado em causa com a crescente influência de um novo diretor-geral, eis que Cristina desafia os opositores internos e externos, inventa um formato clonado no bem-sucedido 'Big Brother', dá-lhe um novo nome, assume a apresentação... e ganha! Ou seja, podem vir Danielas Ruahs, pode vir quem quiser, que isso "come ela ao pequeno-almoço". E a razão é simples: o formato é muito popular e dos gostos desse público percebe a apresentadora.

Temos o vestido sexy, a minissaia e top brilhantes, o cabelo preso, a cabeleira sensual, temos o à-vontade a falar com concorrentes e seus familiares numa linguagem acessível a todos e temos, evidentemente, um formato que, por muito que seja apenas uma aproximação ao 'BB', confunde-se com este, e entre discussões e paixonetas, vai funcionando, semana após semana, ao contrário do "demasiado inteligente" 'Os Traidores' ou do familiar/fofo 'The Voice Kids' – que sofre por estar na estação de serviço público.

Para os que acharam que Cristina Ferreira estava numa fase descendente, eis a resposta da estrela da TVI: onde toca vira ouro – desde que jogue naquilo que domina como ninguém: o entretenimento popular. É assim com 'O Triângulo', com 'Big Brother', com 'Festa É Festa' (ideia sua). Não foi assim com 'Dia de Cristina' ou 'All Together Now'. Moral da história: não vale a pena inventar, só jogar pelo seguro. Se resulta, não mexe. Os números estão à vista.