Vamos falar de concursos. Parece simples apresentar um formato destes? Pois não é! E tudo se deve ao público que, por tradição ou gosto, acompanha este género no pequeno ecrã e tanto pode tornar-se o mais fiel seguidor como desdenhar à primeira se o modelo não lhe agradar. Os concursos funcionam mais ou menos como os jogos de tabuleiro em casa: se nos desafiam ou nos divertem, ficamos. Se forem chatos ou obrigarem a pensar demais... largamos rapidamente.
Nos canais generalistas, a história repete-se. Pedro Teixeira é o grande caloiro do género. É certo que já tinha tido uma experiência, ao lado de Cristina Ferreira. Em 'Mental Samurai', um concurso no qual parece que entramos num parque de diversões com direito a ficar até de cabeça para baixo, o desempenho merece nota mais do que positiva. Pedro está ótimo: divertido, bonito, a puxar pelos concorrentes. Tipo vizinho do lado amoroso e bem-educado. Funcionaria melhor – e daria KO a Manzarra – se a TVI não estivesse a passar por uma fase de rejeição dos espectadores.
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Pedro Teixeira
Pedro ganha, porém, à sua rival da RTP1, Filomena Cautela, que não consegue, mesmo com piadas engraçadas, convencer com o seu 'Jogo de Todos os Jogos'. Sabe a pouco e falta a parceria com Vasco Palmeirim – o miúdo do Joker, com quem esteve em I Love Portugal. Filomena funciona melhor em dupla, como se sabe desde o '5 Para a Meia-Noite'.
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filomena cautela
Já Palmeirim, sem convencer, aguenta bem o seu 'Joke'r diário. Mais um miúdo querido, que puxa pelo lado ternurento das mães e avós que testam conhecimentos lá em casa enquanto arrumam a loiça do jantar e se desentenderam com a novela, nos canais concorrentes.
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Vasco Palmeirim, joker, RTPFoto: Cofina Media
Tudo isto para chegar ao mago, ao professor, ao fenómeno dos concursos: Fernando Mendes, claro! O Gordo, com 'O Preço Certo', programa velho e desgastado, continua a ser o líder incontestado e a bíblia do género.
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fernando mendes
O que nos faz questionar algumas coisas. A primeira: quem é o público deste tipo de programa e por que razão, em programas de conhecimento, a "estupidificação" funciona melhor do que a inteligência. Pelo menos em audiências.
Do Pedro prefiro guardar o seu sorriso tão doce e tão despojado. Prefiro lembrar o seu trabalho dedicado a cada personagem, o seu tom sempre elegante e de cavalheiro, o seu amor pelo mar. É lá que ele se sentia livre. E é lá que viverá para sempre.
Nestes tempos insólitos, inimagináveis, estar no sofá a ver produtos de primeiro nível nos diferentes canais e plataformas de streaming exige-se. É disso que vamos falar hoje.
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