
É verdade que essa equipa, apesar de todas as rachas que tem na sua estrutura – digna de um castelo de cartas –, pode bater os adversários mais diretos num jogo. Em dois, vá. Ou até em três. É verdade que essa equipa até pode fazer uma exibição de sonho numa semana e mostrar que tem condições para levantar o caneco no final da época. É verdade. Como também é verdade que essa equipa pode fazer golos fantásticos com a inspiração das suas vedetas, fazer vibrar a bancada e dar falsas esperanças aos adeptos.
Mas, honestamente, aqui entre nós: se não formos sonhadores, se tivermos os pés bem assentes na terra, alguém imagina que uma equipa de futebol num clube que se autoflagela, dia após dia, e que tem uma estrutura cheia de rachas pode ambicionar ser campeã? Claro que não. Até porque, do outro lado da barricada, onde tudo está longe de ser um mundo encantado, há um rival que dá mostras de respirar estabilidade e confiança. Possivelmente com craques menos mediáticos, mas com uma tática e um rumo claros.
E por isso, quando me perguntam como é que vai acabar esta guerra, eu respondo: "Se nada mudar na TVI, acaba com a equipa do ‘nós’ a vencer a do ‘eu’." Ou seja, a SIC.
2. Conheço vários craques da televisão, que gostam de trabalhar em equipa, que são humildes e trabalhadores incansáveis, mas há um que me enche as medidas. Não é de agora, é de sempre: Fernando Mendes. O ator e apresentador de 'O Preço Certo' prefere elogiar os outros e desvalorizar o seu sucesso. E não, não está a ser hipócrita e cínico. Está, de facto, a ser genuíno.