
Contado, poucos acreditam. É verdade que o ‘Big Brother’ perdeu há muito o seu encanto, mas o ‘reality show’ da TVI está pior, ao enveredar, de novo, por caminhos perigosos. Tem audiências? Pode ter. Mas não havia necessidade. Nos últimos dias, sucederam-se polémicas atrás de polémicas. Carina protagonizou uma delas. "Oh, pá, caguei para esta mer**. Mas está tudo bem? Inscrevi-me no ‘Love on Top’? Ainda não percebeste que não quero estar aqui?", pergunta, à beira de um ataque de nervos, a Pedro. Em estúdio, Teresa Guilherme argumenta, com elogios, para a convencer a permanecer no jogo. Não resultou. Já no domingo, a GNR foi chamada ao local por, alegadamente, nos bastidores, Rui Pedro ter ameaçado Joana de morte.
Mas não fica por aqui o ‘Cabaret da Coxa’ – perdão, o ‘BB’. Sandra, antiga concorrente desta edição e mãe de Jéssica, usou uma imagem partilhada pelos fãs da filha para apelar ao voto e, assim, garantir a sua permanência na "casa mais vigiada do País". Porém, este não foi um pedido normal. Sandra publicou uma foto do grupo de seguidores de Jéssica em que foi usada a imagem de Sara Carreira. A legenda é como o algodão: "Vamos salvar a nossa Jéssica, a Sara ficaria feliz, ela era muito fã da Jéssica." Embora já tivesse reconhecido que teve uma atitude "nojenta", o que só lhe fica bem, o erro estava feito.
Se somarmos a estes episódios recentes os lamentáveis atos de André Filipe e de outras estrelas de pés de barro com as polémicas das comentadoras Pipoca e Marta Cardoso com Teresa Guilherme, o circo está apresentado. E, mais uma vez, não há responsáveis em Queluz de Baixo, ou na produtora, por estes comportamentos e ‘castings’ do piorio. Afinal, a ética não dá dinheiro, sucesso. E enquanto assim for, fecha-se os olhos, veste-se a pele de gente séria, chora-se em frente às câmaras, se for necessário, e aponta-se o dedo à ética dos outros.
Eu? Vou passando os olhos pelo ‘BB’, aos domingos, mas prefiro ver o ‘The Voice’ da "minha" Catarina Furtado, este, sim, um programa para a família, em que só há lugar para o talento, ou as séries ‘Bolívar’ e ‘Gambito de Dama’, na Netflix. Isto, se não tiver um bom livro na mesa da cabeceira…