A ausência é constantemente o que dói: o que de repente, ou não tão de repente assim, deixamos de ter. Melhor ainda: o que de repente, ou não tão de repente assim, deixamos de sentir.
Queria passar pelos dias à procura de te conhecer. Mas temo já saber tudo o que podes ser — o que quer dizer que se calhar já sei tudo sobre o que podemos ser.
Estou a perder-te, sei que estou, e não consigo mudar, não consigo acordar, o mais perigoso é o tédio, o não saber como sair dali, de um buraco que sabemos que fomos nós que cavámos, e que quando mais nos mexemos mais fundo vai ficando.