A nova gastronomia portuguesa
A cozinha nacional é reconhecida entre as melhores. Na última edição Michelin, os nossos chefes conquistaram 26 estrelas. A melhor de sempre.
Há um novo movimento da gastronomia portuguesa. Um movimento feito de gente que recusa ficar parada, que não se limita a viver da (boa) tradição da cozinha nacional. Gente que não renega as raízes mas que as leva mais longe e as reinventa. Gente que investe, que é criativa, que é audaz e tem atitude.
A gastronomia portuguesa está ao rubro, mais viva que nunca. Na quarta-feira, 23 de novembro, em Girona, na Catalunha, tudo isso foi aplaudido. Na edição 2017 do Guia Michelin, para Portugal e Espanha, os chefes nacionais tiveram o merecido reconhecimento internacional pela instituição mais conceituada do mundo.
"Choveram estrelas" para Portugal. E as Estrelas Michelin não se mantêm, nem se renovam, antes conquistam-se a cada ano. Portugal passou de 17 estrelas, em 14 restaurantes, para 26 estrelas, em 21 restaurantes, este ano – ainda assim a uma longa distância dos espanhóis que têm 249 estrelas, em 203 restaurantes, mas com um território bastante mais vasto.
Se há cinco anos havia apenas um restaurante com duas Estrelas Michelin em Portugal, agora são já cinco os espaços com esta classificação: Belcanto, de José Avillez, em Lisboa;Il Galo D’Oro, de Benoît Sinthonh, no Funchal; Ocean, de Hans Neuner, em Alporchinhos; The Yeatman, de Ricardo Costa, em Vila Nova de Gaia; e o Vila Joya, de Dieter Koschina, em Albufeira.
O diretor do Guia Michelin para a Península Ibérica, Angél Pardo, tinha prometido um "ano bombástico" para a gastronomia portuguesa, e não andou muito longe. Este é, para já, o melhor ano de sempre.