
Aos 79 anos, a vida amorosa do rei emérito Juan Carlos continua a dar muito que falar. Ao mesmo tempo que saem notícias de que o monarca tem uma nova "amiga especial", a condessa italiana Marina Cicogna, de 82 anos de idade, que é bissexual, outras traições antigas vêm de novo atormentá-lo.
Desta vez, o escândalo refere-se à antiga atriz e apresentadora Barbara Rey tida como amante do rei desde 1975 e durante anos. O caso sempre foi comentado, mas agora há quem o confirme e que revele que a alegadamente a apresentadora chantageou o monarca, a troco de milhares de euros, para ficar em silêncio sobre o 'affair'. Esta terça-feira Barbara Rey desmentiu a chantagem, através de um comunicado.
A primeira prova da relação entre Juan Carlos e a apresentadora foi dada pela própria filha de Barbara Rey e remonta a 2000. No programa de televisão em direto, ‘Crónicas Marcianas’ onde estava o ex-marido, já falecido, a filha de Barbara Rey mostrou uma gravação secreta onde se ouvia o ex-marido a dizer: "Se esta senhora foi capaz de chantagear um dos homens mais importantes deste país, como não vai destruir um homem de circo como eu?"
Agora, o ‘OK Diário’ espanhol citado pelo jornal 'El Mundo' recuperou esta revelação choque e acrescentou pormenores de peso, dignos de "um thriller". "Espias do CNI depositaram entre 1996 e 1997 num banco do Luxemburgo quantidades milionárias de dinheiro para Barbara Rey provenientes de fundo reservados, para que não se descobrissem as relações que desde o início da transição [em 1975] mantinha com o rei Juan Carlos, nem difundisse os vídeos privados" que possuía, escreve o ‘OK Diário’ salientando que a referida conta estaria numa sociedade 'offshore'. De salientar que 1975 foi o ano em que Juan Carlos subiu ao trono e se tornou rei, isto depois da morte de Franco.
Barbara Rey vem agora em comunicado negar todos estes factos. De acordo com o 'El Mundo' Barbara terá contado que "teve uma reunião com um agente do Cesid" que lhe propôs comprar o seu silêncio, " a troco de dinheiro".
Disse também que teve "medo" de ser perseguida pelos "serviços secretos do Luxemburgo". "Temi que me detivesse e me matassem na prisão".
A própria Barbara Rey chegou a fazer capas de revista declarando que tinha tido uma relação com um "alta personalidade do estado" e que por isso a sua vida poderia estar em perigo. "Se me matam, sabeis quem foi", declarou à revista '10 minutos', que fez capa com ela.
Em 1997 voltou às manchetes por ter feito queixa na polícia de invasão roubo da sua casa, tendo sido levado "fotos, vídeos e material gráfico ‘comprometedores’ para uma ‘pessoa muito importante neste país’", como recorda o 'El Mundo'. Hoje, aos 66 anos, a atriz que foi uma sex simbol espanhola vive longe dos holofotes. Mas a relação com o rei continua bem viva e com muitos segredos ainda por contar.
Esta não foi a única traição do monarca, que de acordo com diversas biografias sempre teve casos extra-conjugais com outras mulheres, traíndo vezes sem conta a rainha Sofia. Aliás, em Espanha diz-se que a sua renúncia ao trono, em 2014, foi provocada por mais uma traição. A relação que tinha com a alemã Corina zu Sayn-Wittgenstein e que foi descoberta, em 2012, porque ambos estavam num safari no Botswana e o rei deu uma queda grave e teve de ser transferido de imediato para um hospital em Madrid.