
Perante toda a controvérsia que tem surgido desde as últimas revelações sobre a instituição de solidariedade Raríssimas, Maria Cavaco Silva, a antiga primeira-dama, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o escândalo mostrando-se "espantada" e "muito preocupada" com o futuro da instituição. "Não podemos prescindir dos serviços que a Raríssima presta às pessoas (…) Não somos suficientemente abonados para deitar fora uma instituição como a Raríssimas", revela a mulher do antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Devota a causas sociais e defensora de instituições de solidariedade, como é o caso da Raríssimas, da qual foi madrinha durante vários anos e uma das principais apoiantes do trabalho da ex-presidente, Paula Brito e Costa, Maria Cavaco Silva defende assertivamente a ideia de que os serviços da instituição – que presta essencialmente auxílio a pessoas com doenças raras - têm de continuar. "As instituições ficam, têm de ficar. É esta a mensagem que eu quero passar agora, e aquela faz muita falta. Sou muito ligada às pessoas que lá estão", disse à comunicação social.
A antiga primeira-dama revelou que ainda não teve quaisquer intenções de entrar em contacto com Paula Brito e Costa, a presidente demitida da Raríssimas que alegadamente tem andado a viver uma vida de luxo com dinheiros da instituição de solidariedade, e que a situação se manterá assim pelos próximos tempos.
Sem nunca desconfiar de nada, a mulher de Aníbal Cavaco Silva adiantou ainda que não tomará a posição de chefia da instituição, no entanto, apela à emergência de que alguém com as devidas competências assuma o cargo, para o bem de todos os utentes.