
Sentado no banco dos réus, acusado pelos sogros de dez crimes de difamação através de publicidade e calúnia, Manuel Maria Carrilho, de 65 anos de idade, acabou por ser condenado por apenas duas infrações e com uma pena monetária tão leve que nem chega a um mês do total da sua atual pensão de reforma.
O pai de Bárbara Guimarães, o escultor João Antero Guimarães, sentiu-se ofendido com as palavras do genro na imprensa em outubro e novembro de 2013, quando a filha pôs Carrilho fora de casa, que decidiu avançar para a justiça para reparar o que achou então serem calúnias e difamações. Para reparar os danos de ter sido chamado de "bêbado crónico" pelo pai dos netos, João Antero exigiu que o genro lhe pagasse 30 mil euros de indemnização.
Como à data dos factos, Carrilho também insultou a sogra, Isabel Amorim, a quem chamou de "fraca" por nada ter feito para proteger a filha contra alegadas tentativas de violação por parte do seu ex-marido e padrasto de Bárbara, meteu queixa contra o genro e exigiu-lhe uma indemnização de 16 mil euros por danos pessoais.
A decisão final foi lavrada a 9 de junho de 2017 e a FLASH! teve acesso ao acórdão saído da pena da juíza Joana Ferrer Antunes, uma magistrada que já manifestou apreço inteletual pelo ex-professor de Filosofia e ex-embaixador de Portugal, e esta acabou por, resumidamente, considerar que, devido à rutura conjugal súbita, ficou desorientado e "agiu sob pressão". Recorde-se que Bárbara Guimarães tentou várias vezes, sem sucesso, afastar a juiza Joana Ferrer deste caso.
Apesar do ex-ministro já ter cadastro, a juíza foi benevolente com os seus estados de espírito e acabou por condenar Manuel Maria Carrilho a pagar uma indemnização de 750 euros ao sogro e 750 euros à sogra, num total de 1500 euros. Valores bem distantes dos que estes pediam ao tribunal.
Já em fevereiro deste ano Manuel Maria Carrilho tinha sido absolvido de um outro processo movido pela família de Bárbara Guimarães, nomeadamente pela irmã mais nova da apresentadora, Alícia Teixeira Pinto, e pelo cunhado, o jurista João Campos, que acusavam o antigo ministro de dois crimes de ofensa à integridade física.