
Teresa Paula Marques, 52 anos, a psicóloga que vestiu a pele de 'Supernanny', no programa homónimo da SIC, confirmou sexta-feira, dia 16, no tribunal de Oeiras, ter estado a representar uma personagem em televisão.
"A Supernanny é uma personagem. Não é a Superpsicóloga, nem a SuperTeresa Paula Marques. Desempenhei o papel de uma ama, de uma educadora, mas não de uma psicóloga. Sou a cara do programa, esteticamente até nem uso aqueles óculos nem o penteado assim. É uma personagem construída", garantiu a técnica clínica, sobre quem pende a ameaça de um processo disciplinar instaurado pela sua ordem profissional, da qual diz ser o membro 916.
Com o programa 'Supernanny' suspenso na SIC desde 28 de janeiro, após a emissão de apenas dois episódios, a SIC arranjou uma forma de capitalizar Teresa Paula Marques e criou-lhe uma rubrica fixa semanal de 20 minutos, sobre aconselhamento parental, todas as quintas-feiras, no programa 'Queridas Manhãs', conduzido pela dupla Júlia Pinheiro e João Paulo Rodrigues, pagando à profissional uma avença mensal cujo valor o tribunal não questionou.
HOUVE EM TRIBUNAL UM "QUASE" CONFRONTO DE TITÃS DA PSICOLOGIA
Na sala de testemunhas, com Teresa Paula Marques, esteve sentado o seu rival da TVI, o psicólogo Quintino Aires, que se diz defensor das teorias da escola russa da psicologia, quando Teresa Paula Marques partilha argumentos da rival academia americana.
Nesta corrida à cadeira das testemunhas no processo que o Ministério Público moveu contra a SIC para defender os direitos de personalidade as crianças intervenientes no porgrama, a 'Supernanny' levou a melhor ao comentador de 'Você na TV', que saiu de mala a abanar, sem ser ouvido, e sem saber em que data de abril poderá sentar-se no tribunal a testemunhar a favor da 'Warner Bros.', a produtora do polémico programa "proibido".