
O julgamento da 'Supernanny' – o polémico programa da SIC com a psicóloga Teresa Paula Marques a ensinar os pais a lidar com crianças – começou com uma guerra de palavras e requerimentos entre a SIC e o Ministério Público e com a dispensa de testemunho de Teresa Paula Marques, a verdadeira 'Supernanny' da SIC.
O processo partiu de uma queixa de Lisa, madrasta da menina Margarida – do 1.º programa da série –, à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ).
A Procuradora Luísa Sobral mostrou esta terça-feira, dia 20, no Tribunal de Oeiras, que não vai dar tréguas à SIC nem ao programa 'Supernanny', suspenso por indicação do tribunal após o segundo episódio.
A SIC e a produtora Warner Bros. sentaram-se no banco dos réus com a acusação de desobediência e de violação dos direitos de personalidade das crianças visadas no programa.
A Procuradora Luísa Sobral considera, e defende, que a estação cometeu um ilícito ao expor a intimidade das crianças, com "sérios riscos de lesões na sua integridade física e psicológica", acrescentando que os pais "lesaram os filhos na sua integridade".