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Eurovisão

O ano que mudou a vida de Salvador Sobral

O último ano foi pleno de emoções para o rapaz, quase desconhecido, que alcançou o estrelado ao vencer o Eurofestival. Lida mal com a fama e chorava ao ser reconhecido na rua. Mas este foi também o ano em que a sua vida foi salva, com um transplante cardíaco
Por Isabel Laranjo | 10 de maio de 2018 às 20:10
Salvador Sobral, transplante, coração, festival eurovisão da canção, cantar
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Um ano depois de ter vencido a Eurovisão em Kiev, com 758 pontos, a maior pontuação de sempre, Salvador Sobral vai subir outra vez ao palco e cantar Amar Pelos Dois.

Desta vez, no sábado, 12 de maio, no Altice Arena, terá um dos seus ídolos ao lado: Caetano Veloso. Trata-se de uma tradição do Eurofestival que o vencedor que passa o título actue. Mais uma vez, chegou a temer-se que Salvador não pudesse estar presente, devido ao transplante cardíaco a que foi sujeito no dia 8 de Dezembro de 2017.

Nessa altura, gerou-se grande preocupação, sobretudo porque o órgão compatível, que lhe salvou a vida, tardou em chegar. Mas ele vai mesmo e estará no pleno das suas funções, sem grandes riscos. "À medida que o tempo vai passando os riscos vão-se reduzindo", adianta o reconhecido cardiologista Manuel Carrageta, à 'TV Guia'.

"ACHO QUE VOU DESMAIAR"

O artista está emocionado com o momento que se aproxima. "Acho que vou desmair", confidencia Salvador em entrevista ao diário 'Público'. "Antes nunca ficava nervoso e agora não durmo nada. É surreal. Sempre ouvi o Caetano. É a minha maior referência", acrescenta.

Será um sábado de emoções muito fortes mas que, na opinião do médico, não apresenta riscos acrescidos para o jovem cantor, de 28 anos de idade. "Vai ser uma grande emoção mas é uma emoção positiva. Os choques positivos fazem bem à saúde", explica Manuel Carrageta. 

Este é o grande, e tão aguardado, regresso de Salvador aos palcos. O mesmo rapaz que se assustou ao avistar uma multidão à sua espera, no regresso a Portugal, após se ter sagrado vencedor. Viveu tempos complicados. Não queria ser famoso, só queria cantar. "Bateu-me muito mal aquilo tudo, a fama completamente repentina", confidencia, na mesma entrevista.

Chegava a ficar com as lágrimas nos olhos pela estranheza de o conhecerem na rua, em toda a parte. "De repente, num dia, por causa de uma canção, tornei-me conhecido. Não estava preparado", admite.

Ficou em sobressalto. "Fartava-me de chorar. Dizia para mim próprio: ‘O que é que eu fui fazer?’ Não podia sair à rua".

O CORAÇÃO QUE O SALVOU

Este foi também o ano em que a sua vida foi salva, após 4 meses no hospital. E, ao receber o novo coração, a adaptação também não foi fácil.

Ao Público explica: "O corpo fica maluco. Não percebes o que está a acontecer. É um corpo estranho que entra dentro do teu corpo. É uma loucura, com sintomas estranhos que vais tendo. Depois da operação foi complicado".

Até a voz mudou, embora já esteja a recuperar. "Fazia retenção de líquidos, tinha a barriga muto grande e o diafragma estava alto. Agora, como é óbvio, perdi os líquidos, o diafragma desceu e a voz alterou-se", explica.

Após todas estas reviravoltas, Salvador acredita que no dia 12 se fecha um ciclo da sua vida e já só pensa em voltar à normalidade. "O Festival simboliza o fim deste ciclo, marcado pela vitória, pela fama exagerada e pela operação".

O cantor está de braços abertos para o que aí virá. E que jamais será igual ao que era antes. "Abra-se um novo ciclo!"

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Lembra-se do elogio de Caetano Veloso a Salvador Sobral?

Leia a reportagem completa na revista TV Guia desta semana, já nas bancas.

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