
O Ministério Público interpôs recurso da sentença decretada pela juiza Joana Ferrer Antunes que absolveu o ex-ministro socialista da Cultura Manuel Carrilho da prática de um crime de violência doméstica contra a apresentadora Bárbara Guimarães - e entende que, "em qualquer caso", o arguido deve ser "condenado pela prática de um crime de violência doméstica".
Através numa nota publicada no site oficial, o Ministério Público diz que "na 1ª instância interpôs recurso" da sentença que absolveu o arguido da prática de um crime de violência doméstica e de vinte e dois (22) crimes de difamação.
Nesta decisão, a juíza Joana Ferrer Antunes deliberou não ter vislumbrado qualquer relação de "aterrorizamento e de rebaixamento da dignidade" de Bárbara Guimarães por parte do arguido.
O tribunal considerou que Carrilho cometeu apenas um crime de difamação (e não os 23 de que vinha acusado), tendo-o condenando apenas a um pena de 150 dias de multa, à taxa diária de 6€, no montante global de 900€.
"Entende o MP que a sentença deve ser revogada e substituída por outra que dê como provados os factos vertidos na acusação pública e que, em qualquer caso, condene o arguido pela prática de um crime de violência doméstica", considera a procuradora Nadine Xarope, a titular deste processo na 1.ª instância.