
O primeiro-ministro português, António Costa, confirmou hoje de manhã a morte de uma portuguesa no atentado de quinta-feira em Barcelona. A vítima de 20 anos estava desaparecida, a sua avó também morreu no atentado.
Até ao momento sabe-se que avó e neta tinham acabado de chegar a Barcelona e passeavam nas Ramblas, uma das avenidas mais conhecidas da cidade espanhola.
"Chegaram, instalaram-se contactaram com a família e foram dar um pequeno passeio. E foram colhidas neste incidente trágico", disse em Barcelona o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, citado pela imprensa nacional.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu à informação oficial com "profundo pesar". "Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da confirmação da segunda vítima mortal portuguesa no ignóbil atentado de Barcelona. Renovo as minhas sentidas condolências à família tão duramente atingida, em meu nome próprio e da Nação portuguesa", lê-se no site da Presidência da República.
O Governo português pediu ajuda às autoridades catalãs para agilizar o processo de trasladação dos corpos das duas portuguesas.
O atentado em Barcelona matou 14 pessoas e fez 130 feridos. A polícia da Catalunha continua a investigar o caso, com fortes suspeitas de que o condutor da carrinha utilizada como arma nas Ramblas, Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, seja o autor da tragédia, segundo o El País.
As primeiras informações divulgadas davam conta de que Abouyaaqoub tinha sido morto na tentativa de um segundo atentado na Catalunha - e que a polícia impediu em Cambrils, a cerca de 120 quilómetros do primeiro local. No final da tarde de ontem a polícia desmentiu a morte de Abouyaaqoub e declarou que está a sua procura como um dos principais suspeitos.
Entretanto, foram detidos três suspeitos em Ripoll, a norte de Barcelona, logo na sequência do ataque. Um quarto suspeito foi detido em Alcanar.
A célula terrorista poderá ter 12 pessoas, segundo as autoridades espanholas. Nenhuma tem antecedentes por crimes de terrorismo.