Alexandre Frota protagonizou filmes adultos nos anos 2000, incluindo pornografia gay, foi apresentador e agora investe em mais um projeto: quer ser eleito deputado federal nas eleições deste ano, e, se tudo correr como ele espera, ainda pode ascender ao lugar de ministro da Cultura.
No final do mês passado, Frota deixou o partido Patriotas 51 (evangélico por ideologia) por ter recebido críticas pelo seu passado como ator porno, depois de ter passado pela Globo, onde entrou em algumas das novelas mais conhecidas. Do outro lado, o Partido Social Liberal (PSL) esperava Frota de braços abertos para que o ator, que esteve casado com a atriz Cláudia Raia, lançasse a pré-candidatura a deputado federal.
Aquele partido tem sido muitas vezes mencionado por causa do seu pré-candidato às eleições presidenciais, o polémico Jair Bolsonaro, de extrema-direita. E foi exatamente ele quem apontou Frota como possível Ministro da Cultura (caso chegasse a conquistar a vitória nas urnas).
A cumplicidade entre os dois é invulgar, visto que Bolsonaro é declaradamente contra as relações homossexuais e Frota nunca escondeu o seu passado no cinema, mas outros pontos em comum une-os: ambos defendem a posse de arma, o regime militar e a perseguição à esquerda.
O envolvimento de Frota na política começou há cerca de 3 anos, quando o ator foi entregar em Brasília o pedido de 'impeachment' (impedimento político) contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
O ator de 54 anos publica com frequência os seus discursos de ódio contra o ex-presidente, atualmente detido em Curitiba, Lula da Silva.
