Foi ontem à noite, domingo 5 de abril, que Isabel II, vestida de verde - para dar esperança aos súbditos - e a partir do castelo de Windsor, se dirigiu ao país devido à grave pandemia que assola o mundo inteiro.
"Isto lembra-me o primeiro discurso que fiz com minha irmã. Em Windsor, dirigimo-nos às crianças que foram evacuadas, e enviadas para longe das suas casas por segurança", recordou a rainha os tempos da segunda-guerra mundial, quando o seu pai reinava o país. Esta recordação é já vista como uma homenagem à princesa Margarida, falecida em 2002.
Contudo, ninguém esquece a relação que as duas irmãs tiveram, especialmente marcada por muitas rivalidades e rebeldias. Isabel II teve muitas dores de cabeça por causa de um estilo de vida mais leviano que a irmã adotou. As discussões foram muitas, pois a rainha queria manter uma imagem imaculada da família real, sem grande êxito.
A princesa Margarida considerava que a vida de uma rainha "era muito exigente" mas também "muito aborrecida" e, por isso, garantiu nunca ter sentido inveja de Isabel, tal como nunca achou que vivesse na sombra da irmã.
A sua vida ficou marcada por excessos, festas com figuras públicas, amores fugazes mais muito apaixonantes e várias infidelidades. Apesar de tudo, Der Andrew Duncan, um especialista em assuntos da realeza britânica, define a relação das duas irmãs plena de cumplicidade e afeto.
