
Os primeiros meses da Covid-19 no nosso país foram mais duros para Manuela Couto do que para a maioria dos portugueses. Em abril, a atriz, de 55 anos, viu partir a mãe, vítima de doença de Parkinson, com 90 anos. "Foi duro. É duro", confessa, em lágrimas, a nova estrela de 'Nazaré' à revista TV Guia: "Não poder ver a minha mãe todos os dias, como era habitual, por causa do estado de emergência, foi complicado. Morreu com 90 anos, estava muito debilitada, e foi duro. Daí eu dizer que a pandemia, para mim, foi especialmente difícil."
Face às contingências em Portugal, nessa altura, fez-se a cerimónia fúnebre possível. "Não quis criar alarmismos, nem fazer perguntas. Daí nem ter escrito nada nas redes sociais. Fizemos uma coisa simples, a exemplo de outras pessoas que, infelizmente, passaram por uma situação similar. Na cremação, estive eu, os meus filhos, o meu marido e os meus sobrinhos", esclarece Manuela Couto, sentindo-se hoje mais só.
Não nos podemos esquecer que, há dois anos, a atriz de Nazaré perdeu também o pai, este devido a doença prolongada. "Dos quatro, eu, os meus pais e o meu irmão, só resto eu. Primeiro, faleceu o meu irmão há 25 anos; e agora, nos últimos dois anos, foram os meus pais. Não é fácil", reconhece Manuela Couto. "Mas isto provoca em mim uma coisa engraçada: faz-me pensar na minha fase da adolescência, em coisas da infância quando éramos os quatro felizes…e agora não está cá ninguém, só eu. Não é fácil assumir isso, mas a verdade é essa".