No sábado, dia 12, Daniel Oliveira recebeu Carolina Deslandes como sua convidada em 'Alta Definição'. No seu Instagram, o apresentador descreveu esta entrevista como "um dos momentos mais bonitos que já viveu em televisão. Delicadeza, intensidade e emoção".
A cantora de 26 anos fez um relato emocionante da sua infância que, em vários momentos, a levou às lágrimas.
Mas, mais do que um recordar de uma infância marcada por episódios dramáticos, as histórias de Carolina e Daniel Oliveira cruzam-se por um passado marcado pelo mundo das drogas.
Carolina Deslandes falou abertamente do pai, Francisco Deslandes, que, até há três anos, era toxicodependente. Remontando à sua infância, a cantora que iniciou a sua carreira no programa 'Ídolos', contou como descobriu esta depedência do progenitor. "Eu tinha 6 anos e encontrei uma inscrição num centro de reabilitação. O meu pai foi toxicodependente durante 20 anos."
Na escola, a cantora era alvo de comentários que a envergonhavam e que a faziam sentir-se diminuída. "Dava-me vergonha quando os meus amigos diziam que o meu pai estava no jardim ao pé do meu liceu e estava com os copos". Até hoje acredita que o pai nunca lhe quis fazer "mal de de forma consciente" e que teve "uma infância inteiramente feliz".
Hoje mantêm uma relação próxima e Carolina agradece por poder dar um avôs aos seus dois filhos, Santiago, de um ano e Benjamim, de 11 meses. "Hoje em dia ter um problema e poder ligar ao meu pai é uma novidade", afirma.
A HISTÓRIA DE DANIEL OLIVEIRA
Esta foi uma entrevista dura também para o apresentador, é que Daniel Oliveira já viveu, ele próprio, o pesadelo das drogas, dentro de casa, quando criança e vivia com os pais, toxicodependentes. É no livro '1 Dose de Droga... 1 Grama de Esperança' que Daniel Oliveira faz o relato desse anos difíceis da infância. Os pais casaram muito cedo, aos 16 anos, mas o casamento durou pouco tempo.
É no livro '1 Dose de Droga... 1 Grama de Esperança' que Daniel Oliveira faz o relato desse anos difíceis da infância. Os pais casaram muito cedo, aos 16 anos, mas o casamento durou pouco tempo.
Após a separação, o pai começa a "curtir" e começa, pouco a pouco, a experimentar as drogas mais leves. Contrariamente, a mãe ficou bastante triste e pensou, algumas vezes, pôr um ponto final na sua vida (suicidar-se). Progressivamente, os dois já inseridos no mundo da droga, talvez por curiosidade ou mágoa, vão tornando cada vez mais rebuscadas as suas experiências.
Passam por momentos de grande prazer a consumir "da mais pesada", apanham grandes êxtases, grandes flashes, como eles próprios dizem. E depois do prazer, sem se aperceberem, vão começar a apanhar as primeiras ressacas e chegam ao extremo, ficando cegamente viciados.
Tendo que sustentar o seu vício, a mãe de Daniel Oliveira começa a prostituir-se. Enquanto os seus pais mantinham esta vida, Daniel ficava ao cuidado dos seus avós maternos.Questionada pela TV Guia, Paula Robalo diz ter colaborado com o filho nos pormenores do relato. "Fui eu quem descreveu ao Daniel tudo o que ele escreveu no livro", sublinhou.
