
Daniela Ruah tem estado afastada das redes sociais e este final de semana explicou o que está por trás deste silêncio, uma dor que a atriz não consegue esconder.
"Feliz semana de Dia de Acção de Graças para todos. O nosso lar encheu-se de família e sinto-me tão grata por eles, pela nossa saúde, pelos nossos amigos e por fazer aquilo que mais gosto como atriz e realizadora. Mas tem sido difícil respirar fundo… tenho um nó no estômago ao ver partes do nosso mundo a desmoronar-se, sendo essa destruição exacerbada pelos algoritmos das redes sociais que só nos mostram o pior da humanidade, provocando ainda mais raiva e violência uns contra os outro", escreveu Daniela no Instagram.
"É por isso que tenho evitado as redes como se fossem a Peste Negra. Comecei a perder-me nos horrores de guerra e nas consequências que provocam às comunidades à volta do mundo, observando também a História a tentar repetir-se. Sou completamente contra o anti-semitismo. E estou totalmente com os civis israelitas e palestinianos que não querem este conflito, que querem livrar-se do extremismo, e com todas as pessoas que querem e precisam sarar-se. Rezo muito pela paz para todos", completou.
A atriz é sensível ao que está a se passar em Israel e Gaza. Daniela é de uma das famílias judaicas mais conhecidas em Portugal. O pai é o médico Carlos Ruah (filho do reconhecido otorrino Samuel Ruah) e a mãe, Catarina, passou à filha às história da perda dos familiares no Holocausto. "Emocionalmente sou muito sensível a este assunto, não só pela minha cultura mas também por outras. No fundo, há Holocaustos que estão neste momento a acontecer. A Síria, por exemplo, acaba por ser um Holocausto, aquelas pessoas estão a ser assassinadas", afirmou em 2018 ao 'Diário de Notícias'.
O padrasto de Daniela, Moisés Broder, é um empresário de origem judaica e nos anos 1980 cumpriu um ano de prisão domiciliar por tráfico de armas para o Irão.