
Durante 17 anos Diogo Infante fez questão de manter a vida familiar o mais longe possível dos olhos do público mas tudo começou a mudar em 2020, no aniversário do filho do ator e do marido, Rui Calapez. Desde então, Diogo fala aos poucos do seu filho, de 21 anos, que atualmente está a fazer um mestrado fora do País.
Numa entrevista com Fernanda Serrano no programa de Goucha, esta terça-feira, 17, Diogo foi mais longe e revelou o código que tem com Filipe há vários anos e que mostra a união da família. "Nós temos um código, agora já não é diário porque ele já está um homem, que é: 'Eu já te disse...? Que te amo muito'. Às vezes basta dizer: 'Eu já te disse...?'. Ele diz-me isso muitas vezes", contou o ator, deixando Fernanda Serrano encantada.
Diogo Infante revelou também como o filho está sempre atento ao que se passa em casa, apesar de estar a viver no estrangeiro. "Cuidamos uns dos outros. Somos muito atentos ao que se passa uns com os outros. O Filipe está no estrangeiro mas todos os dias falamos, todos os dias ele faz perguntas [...] Ele quer saber, ele zela pelo nosso bem-estar, pelo seu espaço familiar, ele zela pelo almoço em família", disse.
O ator ainda falou do desejo de ainda ver a família crescer mais. "Eu tenho uma família muito pequenina mas gostava de ter mais e já lhe disse, sem pressão nenhuma, eu quero netos", afirmou entre risos.
Diogo e Rui Calapez estão juntos há cerca de 30 anos, 11 dos quais casados oficialmente. A cerimónia foi um pedido do filho – que, antes de o casamento por pessoas do mesmo sexo ser permitido, tinha sido adotado apenas por Diogo Infante. "Pensei: 'Se acontecer alguma coisa, o Filipe mais uma vez fica desprotegido. Mas, se eu casar, o meu marido tem preferência sobre ele se me acontecer alguma coisa'", descreveu Diogo Infante no podcast 'Um Homem Não Chora', do jornal 'Público'.
"E foi este o pensamento que me levou a agir. Sabia o risco que estava a correr, no sentido de se tornar público, mas isso era incomparavelmente pequeno com o benefício de lhe dar segurança e conforto. As coisas depois escaparam-nos e fomos parar à capa de um jornal e não restava outra coisa senão assumir o casamento. E foi, curiosamente, um enorme alívio. Achava que estava tranquilo, mas havia uma parte de mim que tinha omitido, e porquê? Já tinha 40 e tal anos, o que é que tenho para provar? Ficou muito mais fácil a minha vida", acrescentou o também encenador e diretor artístico do Teatro da Trindade.