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Ex-ministro Morais Sarmento revela pesadelo de saúde: esteve "entre a vida e a morte" e os médicos chamaram os filhos para se despedirem

O antigo ministro do PSD Nuno Morais Sarmento lutou nos últimos 3 anos contra um cancro no pâncreas e garante agora: "Isto é um tempo extra, não era suposto eu estar aqui". Político conta pesadelo para os médicos encontrarem o que realmente tinha: "Foi ano e meio perdido".
11 de abril de 2024 às 12:39
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento

Nuno Morais Sarmento, militante do PSD e antigo ministro, viveu os últimos anos afastado da vida pública devido a doença grave. O ex-ministro de Durão Barroso esteve às portas da morte e os médicos recearam o pior. Mas Morais Sarmento mostrou-se muito resiliente e conseguiu dar a volta a este pesadelo de saúde.

Agora, em entrevista à RTP3, o advogado e político português revela detalhes da altura em que esteve entre a vida e a morte.

"Foi talvez o desafio mais difícil que até agora enfrentei, porque eu tinha terminado recentemente um tratamento oncológico e estava ainda a recuperar", começou por revelar.

"Isto foram 3 anos da minha vida, um primeiro ano sem diagnóstico certo e portanto progressivamente incapacitado", contou. Foram então três médicos, o Dr. João Raposo, Dr. Jorge Paulino e Dr. Carlos Ferreira que conseguiram finalmente descobrir o que era: um tumor no pâncreas.

Nuno Morais Sarmento
Nuno Morais Sarmento

"Tratava-se de um insulinoma, que é um tumor no pâncreas e como todas as intervenções que envolvem o pâncreas têm uma grande tendência para se complicarem e neste caso complicou-se, depois da cirurgia. Acabaram por ser 18 meses de hospital, 12 cirurgias, 16 anestesias gerais, 5 meses de cuidados intensivos e não há muitas palavras para dizer a violência que isto foi (...) Não me recordo de um único dia nos últimos 3 anos em que não tenha tido dores e sofrimento físico. Chega a um ponto em que já não se tem resistência", revelou.

Morais Sarmento, que é casado com Ana Filipa de Moser Lupi e tem dois filhos, Francisco e Madalena, contou então que foi graças ao apoio da mulher, da família e dos amigos que conseguiu resistir: "A resistência veio, alguma de mim, concerteza, mas em primeiro lugar da Filipa, a minha mulher, sem a qual de certeza absoluta eu não estaria aqui. E depois, uma sensação quase física que eu tive durante esse tempo, da força e da energia das pessoas que de alguma forma estavam a acompanhar, família e amigos".

O político revelou ainda que os médicos chegaram mesmo a chamar os filhos para se despedirem dele e que, com a experiência de estar entre a vida e a morte, ficou a certeza de que há qualquer coisa "do outro lado".

"Eu tive duas vezes, uma não estava consciente, da outra estava, em que o médico chamou os meus filhos para se despedirem de mim, o que é uma coisa de uma violência, mais para eles do que para mim (...) Tive um pé cá e um pé lá, tenho perfeita consciência. Não vi um túnel e luz no fundo, se calhar porque não vou para o Céu, mas o que vi, pelo contrário, foi uma realidade errada, disforme, descontruída, e que me fez resistir e não querer passar. Não sei o que era o depois, mas tenho a absoluta certeza de que a vida não acaba aqui", revelou.

Morais Sarmento garante também ter ganho uma vontade renovada de viver e aproveitar a vida. "Isto é um tempo extra, não era suposto eu estar aqui. A vida deve ser aproveitada, mais do que eu a aproveitava", rematou.

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