Filipa Lemos regressou a Portugal por causa da morte do irmão, Tony Lemos, que acabou com a própria vida da depressão profunda que se acentuou com a pandemia, altura em que perdeu trabalho, quer nos concertos, quer em estúdio, quer com a empresa de som que tinha. A cantora regressa ao México no sábado, mas antes voltou a falar do pesadelo que está a viver desde que o irmão tirou a própria vida no dia 13 de outubro.
"A depressão começou com a separação, a meio de 2017, aquando da separação dele", começou por explicar Filipa, que esteve no 'Goucha', onde falou muito de Tony Lemos. "Foi muito complicado. Ele não conseguiu aceitar a separação. Lembro-me que em 2017 que eu acho que não houve nenhum concerto em que ele não chorasse", recordou.
Em lágrimas, Filipa lamenta a falta de homenagem ao irmão na hora da despedida, notou a ausência de muitos que Tony Lemos terá ajudado em vida.
"Quando estava mais depressivo ele tinha dificuldades em estar com as pessoas", acrescentou, assegurando que o irmão sempre foi muito tímido e reservado. "Quando estava mais depressivo tinha dificuldades em estar com as pessoas".
E terá sido a pandemia a gota de água. "Ele não conseguia trabalho durante a pandemia", lamente Filipa. "Ele era feliz no palco, na música".
"Há um bocadinho de sentimento de culpa", assume Filipa, que não percebeu o que estava prestes a acontecer. "O meu luto é muito negro. Não consigo perceber o que ele pensou naquele dia. Não percebo porquê", lamenta. "O mais angustiante é não perceber porquê, vai ser uma dúvida até ao meu último suspiro".
Tony Lemos tinha a companheira grávida, que vai dar à luz em fevereiro. Tinha outros 2 filhos de anterior relação.
