Daniela Martins, a mãe das gémeas luso-brasileiras Maitê e Lorena, de 5 anos, que receberam o medicamento mais caro do mundo em Portugal alegadamente por influência do filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, decidiu colocar para trás os dias de tensão que viveu em Lisboa em junho e está a viver dias mais tranquilos com as crianças e o ex-marido, Samir Assad.
Na sequência da comissão parlamentar de inquérito, a ex-empresária decidiu encerrar a página de Instagram onde partilha atualizações sobre os desenvolvimentos das filhas mas recentemente Daniela voltou às antigas rotinas, reabrindo a página e voltando a mostrar aos fãs como estão a decorrer os tratamentos de Maitê e Lorena.
Daniela recomeçou a partilhar vídeos e fotografias das filhas em parques de diversão e em jardins zoológicos, em São Paulo. Mais recentemente um destes passeios aconteceu com o pai, Samir Assad, que entretanto é esperado em Portugal para responder às suspeitas de alegado favorecimento das filhas na toma do medicamento Zolgensma, em 2020, destinado a pacientes com atrofia muscular espinal.
"Mais um Domingo esbanjando sorrisos! As meninas foram conhecer o Animalia Park, um zoológico com vários brinquedos, o resultado não podia ser outro, né?! Carinhas felizes! Chegam cheias de novidades, exploram tudo o que podem! Mais um dia feliz junto com o papai, tios, avós e primos!", lê-se na descrição feita por Daniela.
A página de Instagram que é gerida por Daniela Martins, a "AME em dobro", com quase 50 mil seguidores, tem uma importância especial para a família das gémeas: foi um dos principais veículos de comunicação para Daniela Martins quando lançou uma campanha de angariação de fundos, em 2019, para tentar ter acesso ao medicamento Zolgensma, em que cada dose custa dois milhões de euros.
Há cinco anos, Daniela conseguiu mobilizar a mega campanha de angariação de fundos para ajudar as filhas, tendo acumulado mais de 323 mil reais (cerca de 55 mil euros), de acordo com a página da campanha, que mais tarde foi atualizada e encerrada - outras publicações dizem que a campanha chegou a um milhão de reais (170 mil euros).
O caso está a ser investigado por suposto abuso de poder e tráfico de influência. Três pessoas foram constituídas arguidas, Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, e Luís Pinheiro, ex-diretor clínico do Santa Maria.
