Após as múltiplas reportagens realizadas pelo ‘Sexta às 9’, programa da RTP conduzido por Sandra Felgueiras, sobre a prospeção de lítio pela empresa Lusorecursos, em Montalegre, João Galamba já não consegue disfarçar o incómodo e, em resposta a uma publicação provocadora de um utilizador do Twitter, o secretário de Estado Adjunto e da Energia foi veemente na crítica ao formato.
Depois de o internauta ter escrito "Todas as semanas abro uma garrafinha do João Galamba e sento-me a ver o estrume por ele produzido", identificando o político e juntando um link para o programa da estação pública, João Galamba explodiu: "Lamento, mas estrume só mesmo essa coisa asquerosa que quer ser considerada um programa de informação. Mas se gosta desse caso psicanalítico em busca da sua expiação moral, bom proveito."
Para a posteridade. pic.twitter.com/OLle8xNlUH
— soundpeaks (@soundpeaks) May 8, 2021
Galamba viria depois a apagar o ‘tweet’, mas tarde demais, dado que as declarações do membro do Governo já estavam disseminadas pelas redes sociais, merecendo, por isso, uma reação da própria RTP: "As palavras que proferiu atentam contra o bom nome da RTP e da sua jornalista Sandra Felgueiras e desrespeitam a liberdade de informação. Vindas da parte de um membro do governo assumem particular gravidade.", escreveu a estação pública através da página de Facebook do programa 'Sexta às 9.'
Também o Sindicato dos Jornalistas criticou o secretário de Estado: "A liberdade de expressão não justifica tudo e considera que uma pessoa com as responsabilidades governativas e públicas de João Galamba deveria ser a primeira a perceber que um ataque à liberdade de imprensa é um ataque à democracia."
Recorde-se que João Galamba já havia criticado o programa da RTP em outubro de 2019 tendo escrito numa publicação no seu Facebook pessoal que "o Sexta às 9 mente" e que "opta por continuar a enganar os espetadores", algo que à altura foi teve resposta de Sandra Felgueiras que pediu ao secretário de Estado de 44 anos para "compreender" o seu trabalho, esclarecendo que só haviam sido utilizados "factos."
