O julgamento do processo interposto por Leonor Poeiras contra a TVI foi adiado uma semana. O caso arranca em tribunal na segunda-feira, 7. A antiga apresentadora da estação de Queluz de Baixo pretende que a sua carreira seja reconhecida e que o canal reponha os valores de subsídios que nunca lhe terão sido pagos.
De acordo com as contas feitas pela defesa de Leonor Poeiras, o valor total ultrapassa 1 milhão de euros. Segundo a 'TV Mais', após consultar o processo, a defesa da apresentadora pede uma indemnização no valor de 1 milhão 286 mil 608 euros e 20 cêntimos. O número é calculado tendo em conta o ordenado de 13 mil euros que a apresentadora chegou a receber. Assim como a indemnização de antiguidade, as remunerações que deveria ter recebido desde o dia em que foi despedida, até ao trânsito em julgado de decisão, bem como os subsídios de férias e Natal que nunca foram pagos no passado, e ainda uma indemnização por danos morais.
A apresentadora trabalhou 17 anos na TVI e apresentou 25 programas. Em 2020 acabou dispensada por Nuno Santos, alegadamente sem justa causa e sem receber nenhuma recompensa monetária.
De acordo com Leonor Poeiras, Nuno Santos disse-lhe que ela "não tinha nenhuma ligação ou vínculo" com a TVI e "que não havia mais trabalho" para a apresentadora. "Deixando perfeitamente claro que a relação laboral existente" entre as duas partes "cessava por decisão unilateral desta, numa conduta que consubstancia um despedimento sem justa causa e sem procedimento e, logo, totalmente ilícito", refere a acusação.
A TVI defende-se e alega ser "absolutamente falso que tenha dito que a TVI não tinha mais trabalho" para a apresentadora, "ou que houvesse uma qualquer intenção de revogar um contrato, que nem sequer existia".
