Diogo Carmona compareceu perante o juiz acusado pelo Ministério Público de violência doméstica contra a própria mãe, Patrícia Carmona, e contra a avó, Maria Regina Carmona, de 75 anos.
A mãe do ator relatou alguns episódios de violência que terão começado em 2015, altura em que a "convivência [familiar] começou a ser menos pacífica".
"Foram sempre discordâncias, quando ele era contrariado. Foram-se agravando com o problema da situação financeira, mas os conflitos já existiam antes disso", recordou a antiga produtora de espetáculos e agente de carreiras artísticas perante o juiz.
Contou também em tribunal que Diogo Carmona usava uma linguagem ofensiva quando se dirigia a si e à avó: "Ele chamava-nos vaca, p*** ou para irmos para o c******".
"Não sei precisar o número de vezes que levei pontapés. Deu-me estalos, apertou-me o pescoço ou o maxilar com força. Socos, chapadas... Chegou a uma altura em que começou a ser recorrente", relatou muito emocionada Patrícia Carmona.
E prosseguiu: "Várias vezes saí de casa e dormi no carro com medo dele. Temi pela minha vida várias vezes. Ele chegou a dar-me uma pancada na cara que eu fiquei a sangrar. A força das agressões era cada vez maior".
Já a avó materna do ator, foi ouvida através de Skype mas a idosa acabou por não querer depor contra o neto. Este, por sua vez, negou todas as acusações.
"Foi tudo planeado maleficamente. Sempre discuti muito com a minha mãe. Quando fui mais agressivo foi sempre em resposta a alguma ação dela. Não sou uma pessoa conflituosa. Sou impulsivo, mas estou mais controlado. A minha mãe e a minha avó é que são conflituosas. Tudo é um plano para elas serem as vítimas", disse Diogo que está de regresso à SIC.
Recorde-se que no passado dia 26 de outubro Diogo Carmona, de 26 anos, foi colhido por um comboio junto à estação ferroviária de São Pedro do Estoril e ficou sem o pé direito, amputado na tibiotársica.
