Nelma Serpa Pinto viu-se num confronto com José Miguel Júdice no programa 'As Causas', da SIC Notícias, na última terça-feira, 13, que está a dar que falar.
A pivô esteve à frente do programa a substituir Clara de Sousa e acabou por ouvir acusações de ser "corporativista" e a ser questionada várias vezes pelo comentador, que é pai da ministra da Justiça, Rita Júdice, do governo de Luís Montenegro.
Tudo aconteceu quando José Miguel Júdice estava a comentar uma notícia do Expresso sobre a crise no Serviço Nacional de Saúde, acusando a jornalista responsável pelo texto de não falar com o governo. "Era essencial que tivesse falado com o ministério", disse o comentador. Ao que Nelma Serpa Pinto reagiu dizendo que "os dados são retirados do portal do Serviço Nacional de Saúde".
"Você é como a sua amiga Clara de Sousa. Não seja tão corporativista", retorquiu José Miguel Júdice. "Não defenda tanto os jornalistas. Eu não estou aqui a defender os comentadores".
A pivô da SIC Notícias insistiu que os dados eram retirados de um canal oficial. "Percebeu o que eu disse ou não quer perceber o que eu disse? Você não andou na escola de jornalismo? Não lhe disseram que quando se dá uma notícia sobre uma entidade é preciso dar-lhe a oportunidade de ela se pronunciar? Não é verdade?", questionou. "É ou não é? Responda à minha pergunta, se não se importa", insistiu o comentador.
Nas redes sociais, José Miguel Júdice está a ser criticado por uma "atitude inaceitável", "condescendente" e até de "machismo", enquanto a pivô está a ser elogiada pela calma em direto.
A atitude de ontem de José Miguel Júdice ao tratar a jornalista Nelma Serpa Pinto é absolutamente inaceitável e deve ser fortemente condenada. Durante a sua interação, Júdice dirigiu-se a Nelma com um tom profundamente condescendente, tratando-a como se fosse uma criança e… pic.twitter.com/a1PKZAzWiq
— Rodolfo Sousa (@Ruderwolf) August 14, 2024
O "sorriso" da Nelma ainda a tentar manter a simpatia perante o tom do senhor. Não há uma mulher no mundo que não conheça esta sensação.
