Chegou ao fim esta semana o processo que opunha o príncipe Harry ao Group Newspapers (NGN), o grupo editorial do jornal 'The Sun', propriedade do magnata Rupert Murdoch. Depois de uma batalha severa na Justiça, as partes chegaram a um acordo milionário extrajudicial, com o grupo a aceitar indemnizar o príncipe Harry, fazendo um pedido de desculpas público não só a ele como à sua mãe, a falecida princesa Diana, por aquilo que foi considerada uma invasão de privacidade sem precedentes e que resultou até no pirateio dos dispositivos móveis do príncipe para obter informações de cariz pessoal.
Harry não esteve presente em Londres para celebrar a vitória, alegando não se sentir seguro por não contar com proteção policial, mas através do seu advogado fez saber como parte de si sentia que se havia feito justiça pelo momento. "Chegou a altura de ajustar contas", fez saber o defensor do príncipe, acrescentando que o facto de ter iniciado a demanda legal, há cinco anos, fez com que se tivesse intensificado uma certa "perseguição mediática" ao príncipe.
"Como resultado direto desta postura, o príncipe Harry e a sua família direta também tiveram de suportar repetidamente uma cobertura agressiva e vingativa. Isto criou sérias preocupações com a segurança dele e da família."
Para Harry, o processo representou, de alguma forma, a justiça que a mãe não pôde fazer. Não é segredo para ninguém que desde cedo o príncipe cultivou uma mágoa em relação à imprensa britânica, culpando-os pela morte trágica da mãe, que era perseguida por paparazzi no momento em que sofreu o acidente, num túnel em Paris, e também como, tantas vezes, criticou os meios por se alavancarem numa figura vulnerável como a mãe para conseguir audiências.
Apesar de ambos terem perdido a mãe, Harry e William viveram a dor de formas diferentes e se o mais velho dos irmãos conseguiu fazer o luto, mantendo sempre a memória da mãe, Harry admite que se deixou consumir pela raiva para calar uma dor que não conseguia explicar.
Na audiência contra o grupo de comunicação social, o príncipe foi acusado pelos principais responsáveis das publicações por levar a cabo uma vingança pessoal, movido por um ódio visceral.
O ARTIGO REVELADOR DA VANITY FAIR
Enquanto Harry celebra o doce sabor da vitória, o momento é, de alguma forma, ofuscado por uma reveladora reportagem da revista 'Vanity Fair' em que Harry é descrito como uma pessoa que tem pouco interesse em trabalhar e Meghan é uma 'bully' com atitudes de "adolescente má".
A revista foca-se em alguns dos negócios do casal, entre os quais com a Spotify, que se estima que terá rendido 20 milhões de dólares a Harry e Meghan. Em troca desta quantia, o casal tinha de produzir vários podcasts.
Três anos depois de assinar contrato, o casal produziu apenas dois, num episódio que, de acordo com a publicação, espelha bem a postura do mediático par. "[Harry] parece o tipo de pessoa que estaria feliz em trabalhar para projetos de caridade o resto da vida e estaria feliz se Meghan ganhasse todo o dinheiro e ele não tivesse que o fazer", afirmou uma fonte.
"Acho que ele provavelmente gostaria de ser deixado em paz e poder 'beijar bebés' de vez em quando, mas sem estar preocupado com dinheiro. Não acho que ele queira ser famoso como Meghan quer", atirou outra.
Na narrativa da revista, Harry é descrito como o preguiçoso da família, empurrado para o trabalho por uma Meghan ambiciosa que pretende chegar longe, sem olhar a meios para atingir os fins. Fontes ouvidas pela revista dão conta da falta de empatia da atriz para aqueles com quem trabalha, que não tem problemas em atirar aos lobos se for caso disso.
