Há um ano, a Casa Real britânica atravessava um dos momentos mais duros de que há memória, e não se pode dizer que os últimos tempos tivessem sido propriamente ligeiros. Desde a despedida de Isabel II, à tensão com Harry e Meghan Markle, que permanece até aos dias de hoje, houve muito a colocar à prova os resistentes da 'firma', mas na verdade, o que aconteceu entre o final de 2023 e o início de 2024, foi diferente, mais pesado e duro de encaixar.
De repente, o rei Carlos III estava a braços com um diagnóstico de cancro na próstata e, como se não bastasse, a doença apanhava a família real britânica a dobrar: Kate Middleton, de 42 anos, também estava doente e era grave o suficiente para que, durante meses, se mantivesse o mistério em relação ao real problema que afetava a princesa de Gales.
Depois do tempo para se recompor, Kate falou olhos nos olhos dos britânicos, tocou-lhes o coração com a mensagem em que garantia estar a lutar contra um cancro, sim, mas com coragem suficiente para enfrentar a doença, apesar de todos os medos, por ela, pelos filhos, medos que a tornavam mais humana e mais real.
Durante meses, os súbditos britânicos como que sustiveram a respiração, torcendo por uma princesa, que se mantinha na sombra, em tratamentos de quimioterapia, fazendo a sua batalha solitária, enquanto William assumia a linha da frente, porque Carlos, lá está, também precisava de tempo para se recompor. E quando Kate voltou aos atos oficiais, ouviu-se quase como um respirar de alívio coletivo.
Kate Middleton já terminou os tratamentos e começa gradualmente a voltar ao ao ativo. Recentemente, organizou o seu concerto anual de Natal, num evento que simbolizou o seu regresso em grande aos deveres reais. Até porque há quem diga que 2025 pode ser o ano em que esta família se poderá deparar com desafios maiores, como a possibilidade de assumir a coroa.
A fragilidade do rei Carlos III, também ele a braços com uma situação oncológica, e a sua idade avançada - 76 anos - faz com que William e Kate Middleton estejam a encarar a sucessão de uma forma mais séria, ainda que também não seja o momento ideal para os dois. De acordo com a imprensa britânica, apesar do peso que o desafio acarreta numa fase em que ainda está em recuperação, a princesa de Gales não vira a cara à luta e mostra-se pronta para as novas responsabilidades, que assumirá sempre com o mesmo sentido de dever com que encara tudo desde que se juntou à família real.
É como se, de repente, e depois de tudo o que passaram, de repente, Kate e William se sentissem preparados para enfrentar o mundo, até porque a doença confrontou-os com a sensação de finitude e o pior dos cenários, mas devolveu-lhes também o carinho dos ingleses, de quem estavam como que mais afastados desde os problemas com Harry, a guerra de irmãos, tudo o que veio a lume e colocou a imagem dos monarcas numa situação mais frágil.
Depois das polémicas, o vídeo em que Kate apareceu sozinha, num ato de coragem, a falar sobre a sua doença, apaziguou a tensão com os britânicos, mostrou que a princesa, afinal, continuava a ser um deles e não a má da fita que histórias paralelas da guerra com Harry ajudaram a cimentar.
É seguro dizer que depois de um ano difícil, 2025 ainda pode trazer algumas tensões reais, mas é também um ano para respirar de alívio, encarar o futuro e as mudanças.
