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O Algarve de Marcelo Rebelo de Sousa já não é o que era... As razões para o presidente abandonar a praia "dos ricos" e isolar-se no meio do "seu" povo

Quem havia de dizer que o Presidente da República trocaria o seu elitista Gigi pela praia de Monte Gordo, onde "o povo é quem mais ordena". "Marcelo mudou", garante quem o conhece bem. Hábitos de um Presidente que se isolou no meio da multidão e só quer paz, sossego... e água salgada.
Luísa Jeremias
Luísa Jeremias
25 de julho de 2024 às 21:39
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
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Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023
Marcelo Rebelo de Sousa em Monte Gordo, Algarve, em 2023

Os amigos do Presidente da República já não disfarçam a preocupação: Marcelo está diferente. Está mais sozinho, mais isolado, mais "consigo próprio". Ainda há escassas semanas, o padre Vítor Melícias o assumia em declarações ao jornal 'Expresso': o Presidente "fechou-se" nos seus pensamentos, na sua filosofia de encarar a vida. 

E não se julgue que esta mudança se prende com as últimas polémicas em que viu o seu nome e o do filho, Nuno Rebelo de Sousa, envolvidos. Claro que o fator família foi fulcral para uma alteração de postura, tornando-se mais recatada. Mas a mudança de hábitos deu-se antes, na ressaca da pandemia. Marcelo trocou – grande parte do tempo – a sua casa de toda a vida, no centro histórico de Cascais, pelo Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República. Passou a ser ali que trabalha até altas horas da madrugada. Passou a ser também em Belém que os passeios a pé, à noite, começaram a ter lugar, agora junto ao rio, como antes perto do mar.

"Rezo muito por ele", admitiu o confessor Melícias, na altura, à mesma publicação, conhecida que é a religiosidade do Presidente e sabendo-se que cada vez mais se refugia na sua fé. Recorde-se que, ainda no último 13 de maio, a FLASH! publicou uma imagem de Marcelo, praticamente incógnito no meio da multidão de peregrinos, durante a procissão das velas, na noite de 12. O Presidente estava sozinho (só com a segurança obrigatória), um entre milhares de peregrinos. Consigo próprio e com Deus. 

Este regresso às raízes, esta vertente despojada, quase "franciscana", que veio à tona, refletiu-se a toda a linha. Até nas férias, ou melhor, nas escapadinhas que, isso sim, continua a dar à praia sempre que consegue, para um mergulho de mar que lhe faz tanta falta.

DO GLAMOUROSO GIGI, PARA O POPULAR MONTE GORDO 

Este ano, Marcelo já esteve no Algarve. Mas também a sua praia de eleição mudou no pós-pandemia: trocou o Gigi, areal da vida inteira, para onde fugia sozinho ou com a companheira de outrora, Rita Amaral Cabral, pelas águas de Monte Gordo, praia do Sotavento, mais popular, mais exposta. O Presidente andou por lá nos primeiro dias de julho e, como habitualmente, não se coibiu de conversar com os eleitores que não resistem a dois dedos de conversa com a mais alta individualidade do Estado. Não foi a primeira vez por lá este ano. Nos dias quentes de maio já tinha dado um mergulho, seguindo o exemplo do que acontecera no verão de 2023: banhos no Algarve, só em Monte Gordo, entre o seu povo. 

Qual o porquê da mudança? Diz quem o conhece que duas razões presidem à troca de praias: "amizades" no novo destino de eleição, e cansaço da 'snobeira' da Quinta do Lago. "O que ele quer é sentir-se bem consigo próprio. Estar em paz", garante fonte próxima da presidência e do seu líder. "Se encontra essa tranquilidade naquela região do Algarve, tanto melhor. Não há segredo nenhum nisso". 

Mas até há: Marcelo está mesmo cansado, e quando se refugia no mar, precisa de estar "consigo próprio" e fugir de encontros indesejáveis, de "amigos" da política, de quem não lhe interessa ser "misturado" enquanto for Presidente da República. Afinal, à mulher de César não basta sê-lo, há que parecê-lo, lá diz o ditado. E de ver o seu nome associado ao que nunca imaginou, já está o presidente "cheio". 

De forma que, para já, assim continuará: por Monte Gordo, onde espera estar ainda em agosto. E onde é possível que se cruze – o Algarve, como o mundo, "é uma ervilha" – com Pedro Passos Coelho, habitué de verão na praia vizinha de Altura, ou com, imagine-se, Pedro Nuno Santos, que tem trocado a sua querida Praia da Rocha pelo Sotavento algarvio. 

Pedro Nuno Santos, neste verão em Monte Gordo
Pedro Nuno Santos, neste verão em Monte Gordo Foto: dr

Desde que tenha paz e sossego, nada perturbará o Presidente nessa altura, dedicado a reflexões e a uns bons mergulhos que refrescam as ideias. Que assim seja. 

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