Embora a saudade e o amor pelo filho falecido, Miguel Portas, não se desvaneça no tempo, Helena Sacadura Cabral tomou a decisão de viver o luto de uma maneira completamente diferente dos últimos sete anos [o dirigente do Bloco de Esquerda morreu no dia 24 de abril de 2012].
"Não quero que o meu olhar sobre a morte do Miguel seja um olhar doloroso. Está feito o luto! Foram sete anos", disse esta manhã a conhecida economista no 'O Programa da Cristina', onde apresentou o seu mais recente livro, 'Tempo de Esperança'.
Foi à conversa com Cristina Ferreira que Helena Sacadura Cabral revelou o "único pedido" feito por Miguel Portas antes de falecer: "Pediu-me que fizesse toda a minha vida como se ele estivesse cá". A esse propósito recordou: "Ele morreu a 24 e no dia 1 de maio estava eu na Feira do Livro a assinar livros".
A sua nova obra dedicou-a ao filho mais novo, Paulo Portas: "Porque é ele que, neste momento, precisa mais de mim. É o que está vivo. Nós esquecemo-nos que quando os mortos partem, temos de cuidar dos vivos", explicou.
