A estrela da série 'Westworld' Evan Rachel Wood revelou pela primeira vez o nome do homem que cometeu abusos contra si: Marilyn Manson.
"O nome do meu abusador é Brian Warner, conhecido como Marilyn Manson. Começou a assediar-me quando era adolescente e abusou de uma forma horrível de mim. Sofri uma lavagem cerebral e fui manipulada à submissão. Estou farta de viver constantemente com medo de retaliação, de calúnia ou de chantagem", apontou a atriz de 33 anos de idade num artigo da 'Vanity Fair'.
"Estou aqui para expor este homem perigoso e chamar à responsabilidade as muitas indústrias que o legitimaram, antes que ele arruíne mais vidas", disse. "Estou ao lado das muitas vítimas que nunca mais vão ficar em silêncio".
O artigo já levou outras vítimas a denunciarem Marilyn Manson, de 52 anos.
Desta vez, Evan não entrou em detalhes sobre os abusos, mas já desde que se assumiu ativista pelos direitos das mulheres que refere a sua experiência numa relação abusiva. Antes, sem identificar o seu agressor.
Em 2018, Evan testemunhou num comité para ajudar sobreviventes de agressões sexuais afirmando que a sua "experiência com violência doméstica" tinha sido "abuso mental, físico e sexual tóxico que começou devagar, mas aumentou com o tempo, incluindo ameaças" contra a sua vida. Na altura, a atriz disse também sofreu uma "lavagem cerebral" e chegou a acordar com o homem a violar aquilo que "ele acreditava ser o corpo inconsciente".
A primeira vez que falou sobre esta relação tóxica foi em 2016 à 'Rolling Stone'. "Tive coragem para sair várias vezes, mas ele ligava para a minha casa sem parar e ameaçava matar-se [...] Numa ocasião, voltei para tentar acalmar a situação. Ele encurralou-me no nosso quarto e pediu-me para ajoelhar. Em seguida, amarrou as minhas mãos e pés. Uma vez contida, bateu-me e deu choques em partes sensíveis do meu corpo com um dispositivo de tortura chamado 'violet wand' [um objeto que é vendido para eletroestimulação erótica]. Para ele, era uma forma de provar a minha lealdade. A dor era insuportável. Parecia que tinha deixado o meu corpo, e uma parte de mim morreu naquele dia", descreveu.
Evan não foi a única a indicar a relação de abusos com Marilyn. O próprio cantor afirmou em 2009 numa entrevista que sonhava agredi-la violentamente: "Tenho fantasias todos os dias sobre quebrar o crânio dela com um martelo."
