
Reviravolta! O candidato democrata Joe Biden escolheu a senadora Kamala Harris para candidata a vice-presidente nas eleições presidenciais dos EUA, agendadas para 3 de novembro, anunciou esta terça-feira a sua campanha. Ao contrário do que era esperado, não foi Michelle a eleita do candidato.
"O senhor Biden deve apresentar o seu melhor bilhete possível para uma vitória esmagadora que não apenas retire o senhor Trump mas jogue o espírito não americano do trumpismo no monte de cinzas da História". Esta foi uma das declarações do grupo que fez 'lobbying' para que Michelle Obama entrasse na corrida presidencial como vice de Joe Biden. De acordo com o 'LA Times', crescriam os apelos para que a ex-primeira-dama dos EUA tente novamente entrar na Casa Branca, agora com um papel ainda mais ativo. No entanto, a decisão foi outra.
Kamala Harris foi a escolhida. A agora "vice" era apontada por muitos como a favorita para o lugar. A senadora da Califórnia é vista como sendo moderada e traz à campanha de Biden diversidade de género e racial.
Aos 55 anos, Kamala Harris, filha de uma indiana e de um jamaicano, tornou-se senadora pelo estado da Califórnia em janeiro de 2017.
A advogada, que anteriormente foi procuradora-geral da Califórnia, foi uma das candidatas nas primárias democratas, tendo desistido em dezembro passado.
Um desejo que ficou para trás
Para trás fica um desejo por realizar. Apesar da vontade de Biden de ter ao seu lado a amiga e a popular ex-primeira-dama - e de dizer que a aceitava "num piscar de olhos" -, Michelle repetiu várias vezes desde 2016 que não tinha ambições políticas.
Em 2019, uma sondagem do YouGov concluiu que Michelle era a mulher mais admirada do mundo, a ultrapassar Angelina Jolie com todo o trabalho humanitário que tem e o currículo de Oprah Winfrey.
A mulher de Barack Obama, a primeira-dama mais ativa na História da Casa Branca, defende publicamente que ela pode fazer diferença fora dos corredores de Washington.
"Michelle Obama não quer ser presidente. E considerando a desordem que a América está agora, quem pode censurar a melhor de Chicago por escolher dançar 'Superwoman' de Karyn White durante a reforma política em vez de tornar-se literamente na superwoman para salvar este país quebrado?", disse o escritor Michael Arceneaux. "Deixem ela apresentar-se ao mundo como bem quer. Ela merece".
As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para 3 de novembro. O candidato democrata já tem vice... e não é a ex-senhora Obama.