Muitos indagaram sobre o porquê de Linda Evangelista ter estado ‘desaparecida’ nos últimos tempos e a supermodelo, outrora uma das caras mais reconhecíveis da indústria, decidiu finalmente abrir o jogo e explicar o porquê da sua ausência do mundo da moda e da esfera pública.
Num testemunho publicado nas redes sociais, a canadiana de 56 anos explica que se submeteu a uma intervenção, conhecida como criolipólise, que a deixou desfigurada – trata-se de um procedimento estético que consiste na congelação da gordura corporal, para que esta reduza, com a possibilidade, como sucedeu no caso de Linda, de que o efeito seja exatamente o inverso. No texto, Linda anuncian que, para poder voltar a viver de forma normal, optou por agir judicialmente contra a clínica responsável, a Zeltiq.
Catwalk legend Linda Evangelista looks almost unrecognisable in rare public appearance https://t.co/YPpSxKMaGs pic.twitter.com/aNscQqrbhw
— The Sun (@TheSun) April 7, 2016
"Hoje dei um passo gigante em direção a corrigir um erro do qual fui alvo e que guardei para mim nos últimos cinco anos. Para os meus seguidores que se interrogaram porque é que eu não tenho estado a trabalhar, enquanto que os meus colegas vivem um período de sucesso, a razão é que fiquei brutalmente desfigurada, devido à operação ‘CoolSculpting’, da Zeltiq, que fez o oposto de aquilo que foi prometido", indicando que aumentou, ao invés de reduzir, a gordura corporal: "Deixou-me, como a comunicação social descreveu, irreconhecível."
Mas as consequências do procedimento não ficaram por aqui: "Desenvolvi hiperplasia adiposa paradoxal (HAP), um risco do qual não fui informada previamente aos procedimentos. A HAP não só destruiu a minha carreira, como me lançou num ciclo de depressão e tristeza profundas, e até ao fundo do poço do repúdio a mim própria. No processo, tornei-me uma reclusa.", afirmou, antes de rematar, "com esta ação judicial, estou a andar em frente para me libertar da vergonha e a vir a público com a minha história. Estou farta de viver desta forma. Quero sair de casa de cabeça erguida, ainda que já não esteja igual a mim mesma."
Marc Jacobs, Cindy Crawford, Gwyneth Paltrow e Alessandra Ambrosio foram algumas das personalidades que elogiaram a supermodelo pela sua coragem, apoiando a sua posição. Naomi Campbell foi mais longe e referiu: "Aplaudo a tua força para partilhar a tua experiência e não a deixares que te tornasse uma refém por ainda mais tempo. Lembra-te de quem és, daquilo que conquistaste e da tua influência, todas as vidas e pessoas que tocaste e que ainda tocas, por difundires a tua história. Estou orgulhosa de ti e vou apoiar-te em todas as etapas que te aguardam", frisou a britânica, que partilhou com Linda o estatuto de 'top model' nas décadas de 1980 e 1990.
