
Ao longo dos 24 anos do reinado de Henri, a grã-duquesa Maria Teresa, nascida em Cuba há 68 anos no seio de uma família rica e que se exilou por causa do regime comunista de Fidel Castro, sempre esteve rodeada de muita polémica. Uma dessas polémicas tem a ver com o facto de Maria Teresa ter sido a responsável por gerir (muito mal) as finanças da instituição. Além disso, também foi sempre ela a tomar as decisões quanto à política de recursos humanos do palácio. Nem mesmo o marido - diz-se - conseguiu alguma vez impor-se a esta mulher que é tida como muito caprichosa.
Agora, os luxemburgueses respiram de alívio, pois Henri abdicou do trono a favor do seu filho mais velho Guillaume e a cubana, que nunca conseguiu conquistar o coração do seu povo, especialmente pelas inúmeras polémicas em que esteve envolvida, deixa o seu lugar livre para Stéphanie.
Cerimónia de abdicação do grão-duque Henri aconteceu esta sexta-feira, 3,no Palácio Grão-Ducal, perante os reis e a princesa herdeira dos Países Baixos, os reis e a princesa herdeira da Bélgica e até de António Costa, atual presidente do Conselho Europeu.
Seguiu-se, então, o juramento do novo grão-duque daquele pequeno país. Ao prestar o seu juramento, o príncipe Guillaume sucedeu ao pai como chefe de Estado do Luxemburgo. Nesta cerimónia, o novo grão-duque iniciou o seu discurso de posse com uma citação de sua bisavó, a grã-duquesa Charlotte: "Viverei a vida do meu povo, de quem não quero ser separado por nenhuma barreira. Compartilharei as suas alegrias e as suas tristezas."
O ponto alto do dia foi quando os novos grão-duques surgiram à varanda do palácio para saudar a população. Em seguida, juntaram-se a eles os dois filhos, os príncipes Charles e François, tal como o grão-duque Henri e a grã-duquesa Maria Teresa.