
Nos últimos anos a discreta família real do Luxemburgo tem estado no centro de todas as atenções e tudo por causa dos gastos exorbitantes do palácio - que é sustentado pelos impostos dos contribuintes - e pelo clima de tensão que se vive lá dentro.
Tudo começou com as várias dezenas de despedimentos ocorridos entre o pessoal que trabalha para a família real luxemburguesa. Todos os funcionários despedidos queixaram-se da rudeza e da tirania da grã-duquesa Maria Teresa, que definem como "maquiavélica e déspota".
Ao longo dos 24 anos do reinado de Henri a grã-duquesa Maria Teresa, nascida em Cuba há 68 anos no seio de uma família rica e que se exilou por causa do regime comunista de Fidel Castro, sempre esteve rodeada de muita polémica. Uma dessas polémicas tem a ver com o facto de Maria Teresa ter sido a responsável por gerir (muito mal) as finanças da instituição. Além disso, também foi sempre ela que tomar as decisões quanto à política de recursos humanos do palácio. Nem mesmo o marido - diz-se - conseguiu alguma vez impor-se a esta mulher que é tida como muito caprichosa.
Talvez por tudo isto, Henri tenha decidido abdicar do trono a favor do príncipe herdeiro Guilherme. "Decidi entregar o cargo ao príncipe Guilherme. Com todo o meu amor e confiança, desejo-lhe uma liderança feliz. Olhemos para o futuro com otimismo, sabendo que só juntos podemos alcançar grandes feitos", pode ler-se no comunicado oficial do grão-duque, de 71 anos.
Agora, sabe-se que Maria Teresa quer assinalar a despedida de acordo com a sua forma extravagante de estar na vida. Aproveitando os 25 anos em que o marido está sentado no trono, a grã-duquesa prepara vários dias - de 21 a 23 de junho - de festividades. Haverá concertos, desfiles militares e espetáculos de fogo de artifício. Fala-se já nos gastos astronómicos que este Jubileu de Prata vai custar ao erário público.