Continua a polémica em torno da final do Mundial feminino e das duas personagens principais do caso que ofuscou a história conquista da seleção de Espanha na competição: Luis Rubiales, agora ex-presidente da federação espanhola de futebol, e a jogadora campeã do mundo Jenni Hermoso, que por ele foi beijada na cerimónia de entrega do troféu.
Verónica Boquete, antiga internacional pela seleção de Espanha, denuncia agora que o telemóvel de Hermoso foi invadido por defensores de Luis Rubiales, na tentativa de encontrar imagens ou vídeos que a comprometessem.
"A guerra é assim. Sabíamos que não havia regras. O telemóvel da Jenni foi alvo de ‘hackers’ que tiveram acesso a fotografias e vídeos e vazaram coisas que podiam servir para atacar a vítima", disse ao ‘Der Spiegel’ a futebolista da Fiorentina, de 36 anos, referindo-se ao vídeo revelado por Alvise Pérez, personalidade associada à extrema-direita espanhola, em que o plantel fala no autocarro acerca do polémico beijo.
"No autocarro, também houve outros momentos em que as jogadoras dizem que se trata de algo muito sério que não se pode tolerar. Como a FIFA proibiu o Rubiales de contactar a Jenni, ele foi à procura de outros caminhos", acusa.
Já sobre a demissão de Rubiales, Boquete assinala: "Ganhámos uma batalha mas estamos a perder a guerra. O Rubiales percebeu, por fim, que não fazia sentido amarrar-se ao cargo, mas queremos uma mudança mais profunda".
Jenni Hermoso que, refira-se, já regressou ao México e foi homenageada no relvado pelo seu clube, o Pachuca, assim como pelas futebolistas adversárias do Pumas, devido ao seu novo estatuto de campeã mundial.
