
Este último ano colocou Pinto da Costa perante desafios impensáveis. As grandes mudanças começaram em abril, quando o então presidente do FC Porto perdeu as eleições para André Villas-Boas, o que foi um choque para o dirigente, que estava há 42 anos à frente dos Dragões e, na verdade, nunca se imaginou a viver de outra forma.
As mudanças no estado emocional de Pinto da Costa, de 86 anos, acabaram por ter um impacto muito forte no seu estado de saúde e, apesar de na altura em que se recandidatou à liderança do FC Porto já estivesse a lutar contra um cancro na próstata, a situação agravou-se nos últimos tempos.
"Aqui, o psicológico teve um impacto fortíssimo, as defesas vieram por aí abaixo", disse uma fonte próxima do antigo dirigente portista à FLASH!, no início de agosto, acrescentando que, neste momento, a equipa que acompanha Pinto da Costa no IPO do Porto não equaciona submetê-lo a tratamentos oncológicos, que só serviriam para o debilitar ainda mais.
Apesar da dureza do diagnóstico, Pinto da Costa tem-se mantido relativamente tranquilo, sempre com a ajuda de duas mulheres, que se tornaram em pilares inabaláveis na sua vida: a companheira, Cláudia Campo, com quem se casou há um ano, e a filha mais nova, Joana.
Jorge Nuno Pinto da Costa deu uma entrevista a Inês Simões no programa 'Contraste', onde falou sobre o diagnóstico do cancro da próstata. Num dos teasers da entrevista, o ex-presidente do FC Porto fala do seu próximo livro, 'Azul Até ao Fim' – com lançamento previsto para outubro –, onde o cancro é abordado no primeiro capítulo.
"Fiz uma série de exames e no fim não me diziam nada. E eu disse: 'doutor, vamos deixar de brincadeiras, ando aqui a fazer de cobaia?'. E eles disseram: 'não, é maligno'. Eu disse: 'então vamos encarar isso com naturalidade, não é nenhum drama'. E eu disse que ainda vou viver muito tempo, e isto já foi há três anos", revelou Pinto da Costa.