
Bárbara Norton de Matos, 43 anos de idade, está afastada do pequeno ecrã desde 'Amor Amor' (SIC). Para contornar a falta de trabalho, a atriz dedica-se a organizar retiros, uma nova área de negócio que descobriu no Vietname. "Não é que vá deixar a representação, mas estava desiludida. E resolvi expandir o meu negócio. Agora, além da minha marca de fragrâncias, tenho isto. É que tenho de ganhar dinheiro. Ele não cai do céu!", disse recentemente em declarações à TV Guia. Porém, os retiros não curam a tristeza de Bárbara Norton de Matos com a falta de "propostas aliciantes para papéis". A atriz recorreu às redes sociais na manhã desta sexta-feira, 16, para partilhar o seu desespero com uma carreira
"Já estou a sentir há algum tempo devia falar sobre o assunto, e ontem quando vi a entrevista de uma colega minha, da Andreia Diniz, pensei: eu sinto exatamente a mesma coisa que ela e realmente acho triste como funciona o sistema da representação e da televisão", lamentou.
"Estive muitos anos a trabalhar na televisão, 23 anos a trabalhar na televisão, e de repente de um momento para o outro sinto um bocado a mesma coisa, e que é que se passou: de repente ninguém te diz nada, não és chamada, tentas falar com as pessoas ninguém te responde, prometem-te coisas e depois as coisas não se concretizam", aponta Bárbara.
"Era para ter feito uma novela, mais uma temporada de 'Amor Amor' [da SIC], na altura perguntaram-me se eu estava disponível e tudo, e de um momento para o outro percebo através de outras atrizes que já tinham começado a gravar e a mim ninguém me disse nada, e eu percebi que tinha sido que descartada", recorda a atriz.
"Desde então que nunca mais ninguém me diz nada e, como é óbvio isso, isso deita-te completamente abaixo, ficas a pôr-te em causa, sentes-te muito mal contigo, começas a pensar o que é que fizeste mal, se és boa atriz se és má atriz, o que é que se passou", assume a atriz, que descreve como tudo isto a atirou ao chão e a obrigou a procurar alternativas.
"Fui-me muito abaixo, sou mãe de duas filhas de pais diferentes, a logística muitas vezes não foi fácil como podem imaginar. De repente fiquei sem trabalho e com quarenta anos. Isto tudo fez-me pensar, comecei a fazer terapia, comecei a fazer os retiros, fiz uma viagem sozinha, encontrar-me, perceber realmente o que é que eu gostaria de fazer, o que é que eu me sentia bem em fazer o que é que fazia sentido eu fazer, e daí surgiram os retiros", justificou Bárbara Norton de Matos.