
Cristina Ferreira e José Eduardo Moniz já se conhecem há quase 20 anos. E ao longo deste período chegaram a trabalhar juntos. Primeiro ela apenas como apresentadora debaixo da liderança do gestor e depois ele como consultor sob a chefia da diretora de Entretenimento e Ficção.
Agora os papéis voltam a inverter-se, como se num jogo de tabuleiro, quando os dados voltam a ser lançados à procura de melhor sorte. José Eduardo Moniz é o escolhido pelo presidente da Media Capital, Mário Ferreira, para voltar a comandar os destinos da TVI numa altura em que o canal procura encurtar a pequena vantagem da SIC na guerra das audiências.
Cristina Ferreira está longe de estar feliz com este regresso de Moniz ao controlo total da TVI. Um ano e quatro meses depois de assumir as pastas da Ficção e Entretenimento (com apenas dois formatos de sucesso no currículo: 'Festa é Festa' e 'Big Brother Famosos'), Cristina vê o seu poder agora esbarrar na opinião e vontade de José Eduardo Moniz, que entre 1998 e 2009 foi responsável por levar a estação da falência e do último lugar das audiências ao topo da preferência dos portugueses.
Cristina mantém o cargo que ocupa, para além das funções de apresentadora, mas se até aqui não tinha oposição às suas vontades, agora a situação muda radicalmente e Moniz, uma das principais figuras da televisão em Portugal nos últimos 25 anos, não se deixará intimidar e validar alguma proposta que não considere realmente capaz de vencer.
Uma das razões invocadas por Cristina Ferreira para rasgar o seu contrato com a SIC foi – segundo alega no processo que ainda decorre em tribunal e no qual a SIC pede 20 milhões de indemnização – não ter sido consultada na tomada de decisões estratégicas, tal como teria sido prometido. Como irá reagir agora Cristina Ferreira se o futuro da estação começar a ser reformulado sem o seu contributo direto? Seria uma nova traição às suas aspirações e em tudo semelhante à que viveu na SIC, onde chegou cheia de esperança e sonhos.
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