Júlio Magalhães está longe dos olhos do público desde a semana passada, quando o Ministério Público (MP) fez buscas na sua casa em Lisboa relacionadas com a Operação Maestro, uma investigação sobre um alegado desvio de 39 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional envolvendo o sócio do jornalista, Manuel Serrão. Logo que se tornou suspeito do MP, Júlio suspendeu as atividades na TVI/CNN Portugal e Rádio Observador, e está a perder uma fortuna em ordenados.
De acordo com a revista 'Nova Gente', Júlio Magalhães tinha um ordenado de 10 mil euros mensais na TVI, ao que se somam 3500 euros da Rádio Observador.
Acredita-se que estes valores estejam suspensos desde que foi revelada a investigação e o jornalista "comunicou à empresa a sua indisponibilidade", como apontou a TVI num comunicado.
No entanto, a estação de Queluz de Baixo também já fez saber que Júlio Magalhães tem o seu lugar guardado. "Se ele for considerado inocente no fim disto tudo, o lugar dele está garantido", disse uma fonte à 'Nova Gente'.
Até ao momento, nenhum dos visados na Operação Maestro foi constituído arguido. No caso do jornalista, o MP suspeita que Júlio Magalhães tenha simulado serviços prestados para as empresas de Manuel Serrão. O jornalista também era sócio daquele empresário em pelo menos três empresas.
A PJ explicou na semana passada que foram realizadas 78 buscas na Operação Maestro, que visam projetos cofinanciados por fundos comunitários que terão permitido aos suspeitos ganhos ilícitos de quase 39 milhões de euros, entre 2015 e 2023.
