
Carlos Cruz terá, há duas semanas, recorrido de novo ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para que Portugal seja condenado por denegação da justiça. O caso remonta a quando este tribunal condenou o país por não ter assegurado a equidade do processo, em 2018, tendo o Supremo Tribunal de Justiça negado a reabertura deste.
O antigo apresentador televisivo tentará assim, segundo a ‘Nova Gente’, que a sentença de seis anos de prisão (inicialmente de sete) por abuso sexual de menores, no âmbito do processo Casa Pia, seja revista. Inicialmente, o TEDH condenou Portugal mas não indemnizou Carlos Cruz, argumentando que a condenação do Estado se afigurava como suficiente. Refira-se que também as recusas por parte do Tribunal de Relação em ouvir Carlos Silvino e Ilídio Marques, durante a fase de recurso, na qual a pena se alterou de sete para seis anos terão contribuído para a condenação de Carlos Cruz.
Ricardo Sá Fernandes, advogado do ex-comunicador, afirmou: "O que nós pedimos nesta nova queixa é que Portugal seja condenado por violação do processo e denegação de justiça e, se o conseguirmos, pedir novamente a revisão da sentença e um novo julgamento."