
Já arrancou o processo judicial que Leonor Poeiras, de 42 anos de idade, colocou contra a TVI, após, em 2020, ter sido dispensada do canal sem qualquer fundamentação nem indemnização. Em causa está o facto da apresentadora ter trabalhado sempre a recibos verdes durante 17 anos, tendo celebrado vários contratos de prestação de serviços. Agora, pede ao juiz quase 1,3 milhões de euros.
Em tribunal, Leonor Poeiras fez duras acusações à TVI e arrasou Nuno Santos, então diretor de Programas, dizendo que este foi "muito injusto e desagradável" com ela. Segundo a revista ‘TV 7 Dias’, que teve acesso ao depoimento de Leonor Poeiras no tribunal, esta disse tudo a Nuno Santos, numa reunião, em 28 de maio de 2020. "Enquanto meu diretor, foi muito injusto e desagradável. Eu estava preocupada por, em cinco meses, apenas ter trabalhado 11 dias úteis e já vinha com queixas para essa reunião. Durante toda a reunião ele foi muito desagradável comigo, muito paternalista, e sempre a subestimar-me."
Leonor Poeiras tentou perceber a razão de não ter sido chamada para alguma emissão especial e a resposta de Nuno Santos terá sido: "O líder faz as suas escolhas, e tu podes não gostar das escolhas que faço." A apresentadora acrescentou: "A minha outra questão foi: a TVI está sem rumo e queria formalizar a nossa relação. Foi aí que ele disse que não havia nada a formalizar, que não tinha qualquer vínculo com a TVI. Magoou-me ouvir isto de um estranho. Disse que estava fora de questão fazer contrato e que não tinha nada para mim. Que podia ir procurar noutro sítio, nomeadamente na Antena 3. Isto foi humilhante."
Depois deste episódio com o atual diretor de Informação da CNN Portugal, Leonor Poeiras ficou de rastos. "Fiquei com uma depressão e sou medicada até aos dias de hoje. A nível pessoal, ouvir um diretor dizer que não tem nada para mim deixou-me em pânico", assumiu a apresentadora, no tribunal.